Campo do SLCartaxo pode ser instalado no Sítio do Pedregal

 

O Movimento Independente do Concelho do Cartaxo acusou recentemente, nas redes sociais, o presidente da Câmara Municipal, Pedro Ribeiro, de mentir, ao prometer ao Sport Lisboa e Cartaxo um terreno onde não se podem construir infraestruturas desportivas para lá instalar o seu campo de futebol.

Segundo o comunicado que este Movimento colocou na sua página de Facebook, “em reunião de Câmara realizada no dia 6 de junho de 2016, o presidente da Câmara, no período antes da ordem do dia referiu que no dia 23 de maio tinha reunido com o Sport Lisboa e Cartaxo e que tinha anotado a possibilidade da cedência de um terreno para o Sport Lisboa e Cartaxo implementar um campo desportivo. E, no mesmo dia, a propósito da discussão sobre a expropriação da parcela onde se encontra edificado o Campo das Pratas, o presidente da Câmara afirmou ser intenção do executivo ceder ao Sport Lisboa e Cartaxo uma parcela de terreno propriedade do Município, concretizando que seria uma parcela de terreno a desanexar, no Sitio do Pedregal”.

Ainda segundo o comunicado, esta intenção foi reafirmada na festa final de encerramento de época do clube, o que fez com que famílias, crianças e dirigentes acreditassem e ficassem com a esperança de ver solucionado “um problema que há tanto se arrasta. Mas o resultado final foi, pasme-se, uma mentira. Sim, uma mentira porque a parcela de terreno assim prometida, no Sítio do Pedregal, além de ter sido adquirida para transferência da Feira dos Santos, também não comporta a construção de infraestruturas desportivas, encontrando-se sujeita a condicionantes decorrentes do Plano Diretor Municipal”, acrescenta o comunicado.

Os Independentes consideram que “é fácil prometer para entreter a opinião pública, com o objetivo cego de angariar apoiantes para as próximas eleições autárquicas…interessa parecer estar próximo do associativismo. Contudo, fazem-no sem propostas e ações credíveis”, acrescentando que os dirigentes foram ludibriados, bem como a oposição, “o que nos permite questionar se também as negociações prévias que conduziram à formalização do processo de expropriação do Campo das Pratas terão sido bem conduzidas”.

Entretanto, e a propósito destas considerações do Movimento, o presidente do Município fez chegar aos dirigentes do Sport Lisboa e Cartaxo um email, onde esclarece, de maneira formal, o ponto de situação deste processo.

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Assim, Pedro Ribeiro afirma manter “a intenção demonstrada há uns meses atrás de ceder a parcela do terreno em anexo ao Sport Lisboa e Cartaxo, para, em resultado da impossibilidade de utilização do Campo das Pratas, poder ali começar a desenvolver o seu complexo desportivo”, e esclarece que foi solicitado aos serviços de urbanismo e aos serviços jurídicos a análise e o parecer sobre as condições para o fazer.

O presidente refere que o terreno está classificado no PDM (Plano Diretor Municipal) em vigor como espaço agrícola e florestal, o que impossibilita a implantação de equipamentos (apenas permite equipamentos no âmbito da vocação dos espaços agrícola e /ou florestal) e que, perante este facto, “no âmbito da Revisão do PDM em curso, é possível afetar, na proposta de ordenamento, a área pretendida à categoria de Solo Rústico – ‘Espaço destinado a equipamentos, infraestruturas e outras estruturas ou ocupações compatíveis’, permitindo assim a construção de equipamentos desportivos em solo rústico”.

O email acrescenta que “de imediato instruí os nossos técnicos nesse sentido, ou seja, para ser incluída esta alteração na proposta de Revisão do PDM que está a ser finalizada”.

Paralelamente, Pedro Ribeiro apela, “perante as acusações falsas e injuriosas de que fui alvo, que o Sport Lisboa e Cartaxo reponha a verdade da lealdade do nosso relacionamento institucional e que se proceda ao necessário esclarecimento público sobre a forma empenhada e aberta com que temos trabalhado para encontrar soluções para o clube, seja no processo de expropriação que foi instruído quer na boa parceria que temos para a utilização das piscinas municipais”.

 

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