Manuela Carvalho, munícipe do Cartaxo, foi à reunião de Câmara de segunda-feira, 6 de maio, descentralizada na sede do Rancho Folclórico do Cartaxo, dar os parabéns à autarquia pela realização de mais uma Festa do Vinho, a 31ª.
Segundo disse, “eu não fui, mas foram pessoas da minha inteira confiança, vários dias, e disseram-me que há muito tempo que não viam tanta gente no Cartaxo”.
Ao mesmo tempo, “gostaria que todas as entidades fiscalizadoras que andaram na Festa do Vinho no primeiro dia continuassem, por esse País fora, a fazer a mesma coisa, com tanta ênfase, bem como a Polícia, que também esteve nestes dias e que deve ter crescido em número, e assim, com certeza que já iremos ter menos assaltos e casos de insegurança como têm acontecido nas últimas semanas”, acrescentou.
A este propósito, o presidente do Município, Pedro Ribeiro, começou por destacar que “tudo o que foi feito na Festa do Vinho foram os nossos trabalhadores que fizeram”, ao mesmo tempo que saudou a munícipe por levar a questão da Polícia a esta reunião de Câmara, “porque eu, para ficar bem com a minha consciência, tinha de falar nessa situação que aconteceu”. “Eu respeito a autonomia das forças policiais, das suas ações inspetivas, e acho que elas são importantes para assegurar o bom funcionamento de todo o tipo de feiras. Aquilo que transmiti ao senhor Comandante Distrital, logo no dia, e ao da Esquadra do Cartaxo, no dia seguinte, é que me pareceu que a ação inspetiva foi excessiva, para a dimensão e para as características do comércio feito naquele espaço”, contou o autarca.
“Eu não queria dizer que houve ali uma postura provocatória, mas eu não gostei muito daquilo que vi com determinadas pessoas, dada a dimensão do comércio que essas pessoas fazem, a postura não foi a melhor. E a postura, nestas coisas, também conta. Estivemos a falar com os inspetores todos, de diferentes organizações, que não estávamos a por em causa o trabalho deles, mas a forma como se estavam a dirigir às pessoas, que não foi da maneira mais correta nem mais respeitadora”, concretizou Pedro Ribeiro.
Pedro Ribeiro lamentou, também, a falta de “cordialidade institucional”, já que os comandos da PSP estiveram na inauguração do certame e, por isso, “penso que faltou uma palavra. A Câmara não ia fechar o Pavilhão por nos dizerem que ia haver uma ação inspetiva, mas logo no dia inaugural e com a natureza com que ela se processou… ver comerciantes da nossa terra, que muito trabalharam nisto, serem notificados e inquiridos por estarem a dar pão, foi uma coisa que me fez confusão”.
Já no que respeita às ações desenvolvidas pela PSP nas rotundas da cidade, “por minha vontade, todas as noites a Polícia estava nas rotundas. As pessoas têm de ser fiscalizadas nos excessos que cometem”, nomeadamente, no consumo de álcool. Até porque “as pessoas acham que a Polícia nas rotundas mata a Festa, eu tenho uma ideia totalmente ao contrário, a Polícia nas rotundas salva vidas”, rematou.