Os eleitos na Câmara Municipal do Cartaxo estão preocupados com a manutenção da estrada nacional 3-2, depois da receção da obra e abertura ao trânsito da nova Ponte do Reguengo e a desclassificação da estrada.
Esta estrutura vai trazer uma maior segurança, “nomeadamente nas campanhas agrícolas, de todos aqueles que transitam nesta nova ponte”, disse Pedro Ribeiro, presidente da autarquia, adiantando que “a Câmara não foi vista nem achada nesta matéria”, nomeadamente no que respeita a acautelar questões de segurança.
Paulo Varanda, vereador eleito pelo Movimento Independente Pelo Cartaxo, questionou se “existe alguma estimativa de custos de manutenção nos próximos dez ou 20 anos, custos que nós, o município, teremos de suportar?”.
Pedro Ribeiro respondeu que “esta era uma das poucas estradas que ainda não estava desclassificada no nosso concelho. Agora, não lhe sei responder, porque, na altura, nós o que pedimos foi que os maiores problemas que existiam na via fossem reparados. Mais não lhe sei dizer”.
Esta resposta levou Paulo Varanda a considerar que “nos próximos anos, aquilo que houver para fazer na estrada, vamos ter de ser nós a fazer”. Uma certeza adquirida pelo que aconteceu em mandatos anteriores com as desclassificações das estradas, em que o município arrecadou verbas e, a partir daí, ficou responsável pelas reparações.
Pedro Ribeiro adiantou que aquela estrada já tinha sido alvo de intervenção, no pressuposto da sua desclassificação, “e aquilo que a Estradas de Portugal nos colocou foi uma questão muito simples: ou a estrada é agora desclassificada e faz-se a ponte, ou do nosso caderno de obras e de investimento para o concelho do Cartaxo sai. O que conseguimos, foi o máximo que foi possível, foi que as zonas que estavam piores – à entrada de Valada e numa zona já dentro da freguesia de Vale da Pedra – pudessem ser arranjadas. Em contrapartida, tivemos a ponte nova”. O autarca acrescentou que “no nosso concelho, como em todos os outros em que troços das estradas foram desclassificadas, o encargo vai ficar para o município nos próximos anos, e como disse, e bem, com o prejuízo de no novo Quadro Comunitário que está a arrancar, não há um cêntimo para rede viária”.
Vasco Cunha, do PSD, lembrou a preocupação deixada em reunião de câmara, “porque esta estrada, sendo inundável, é das que têm mais desgaste. São estradas do campo, onde passam viaturas de grande tonelagem, sobretudo nas campanhas agrícolas”. Por isso, “tenho dúvidas que o município, de hoje para amanhã, tenha condições para conseguir a manter, com a mesma qualidade, despendendo o mesmo dinheiro”.