Rituais de fim de ano

 

Sabe de onde vêm algumas das tradições e rituais do Natal e Ano Novo? Quais as origens do Pai Natal, do bater com panelas ou das 12 passas ao bater das 24 horas de dia 31 de dezembro?

Antes de mais, importa explicar que a ideia de Natal foi introduzida por volta do séc. IV, pela Igreja Católica, com vista à conversão dos povos pagãos. No Egito, por exemplo, celebrava-se a 25 de dezembro o nascimento do filho de Ísis, o Deus Sol. Ou seja, os povos pagãos já celebravam esta data muito antes do nascimento de Cristo. Aliás, defendem os estudiosos, Jesus não poderia ter nascido em dezembro, uma vez que, aquando do seu nascimento, os pastores guardavam, dia e noite, os seus rebanhos nos campos, o que naquela zona do globo acontece até meados de outubro.

Mas “divergências” à parte, o certo é que esta época do ano tem associados rituais e tradições a que todos nós aderimos.

Coroa de Natal – originariamente verde e adornada com bolas e fitas coloridas, utiliza-se para enfeitar portas. A sua origem é pagã, que adornavam edifícios e lugares de adoração para as festividades que se realizavam a 25 de dezembro.

Árvore de Natal – estudiosos referem que as origens da árvore de Natal remontam ao antigo Egito. Outro, referem que terá sido o padre Martinho Lutero (1483-1546), autor da reforma protestante do século XVI que, numa noite, ao olhar para o céu através de uns pinheiros, viu-o intensamente estrelado parecendo-lhe que estava coberto de diamantes. Pegou numa árvore que levou para casa onde a enfeitou com velas para imitar o que vira. 

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Pai Natal – a figura do Pai Natal surge associada a Nicolau, bispo católico do séc.V. Ao que parece, conta a lenda que Nicolau presenteava, de forma secreta, três filhas de um homem pobre, o que terá dado origem ao costume de oferecer presentes na véspera do dia de São Nicolau (6 de dezembro), data que foi, depois, transferida para a véspera de Natal. A imagem do Pai Natal de vermelho tornou-se popular depois de uma campanha de publicidade da Coca-Cola, no início do século XX.

Presépio – representa o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do menino. Esta tradição de montar presépios teve início com São Francisco de Assis, no século XIII.

Réveillon – esta comemoração no ocidente tem origem num decreto do governador romano Júlio César, em 46 a.C. Este decreto fixou o dia 1 de janeiro como o dia de ano novo. 

Champanhe – esta tradição terá começado em França, na corte, que o usava por ser uma das bebidas mais nobres e caras, para as mais variadas festas.

12 passas – para esta tradição (superstição?) há muitas explicações. Cada passa simboliza um dos meses do ano, parece ser a explicação mais óbvia. O facto de se usar passas deve-se à popularidade do fruto nesta altura do ano. Além disso, em rituais antigos, as passas eram o substituto do vinho, o que acaba por ser uma referência a Cristo, mesmo que indirecta.

Panelas – os pagãos utilizavam o barulho feito com com tachos ou tampas das panelas para afastar os maus espíritos.

Muitas mais tradições caberiam neste texto. Entrar no Ano Novo com dinheiro na mão, saltar de uma cadeira com o pé direito, vestir roupa nova ou azul… No entanto, esta época do ano deve ser vivida por cada um, seguindo as tradições ou rituais que mais lhe aprouver.

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