Quem é o homem que se candidata a presidente de Junta?
Sou um homem sério, correto, pelo menos, tento ser, e justo. É o que tento ser, não sei se consigo ou não, acho que sim, mas posso estar enganado.
Tenho 47 anos, sou casado com a Teresa, tenho dois filhos, um de 16 e outro de 13 anos, o Tomás e o Guilherme, sou licenciado em Direito, sou advogado em prática individual, com escritório no Cartaxo. Sou do Cartaxo, nascido e criado.
O que o motivou a ser candidato?
Chegamos a uma altura na vida em que, se pudermos passar de cidadãos indignados, e somos convidados como eu fui, entendi que era possível fazer esse trabalho, um trabalho diferente do que está a ser feito, que é possível fazer um trabalho melhor, e uma coisa é nós andarmos aqui a indignar-nos, a falar.
Nunca tinha tido vontade de me chegar à frente. Não sou um homem de partido, não tenho qualquer filiação partidária, e vou continuar assim. E a minha lista, em 29 pessoas temos duas filiadas no PSD e quatro pessoas filiadas na JSD, o resto são independentes.
Que presidente de Junta quer ser?
Eu quero ser um presidente de Junta presente com os cidadãos, com as coletividades, com as associações. Quero fazer colaborações da Junta com as instituições, com as coletividades, ter sempre uma porta aberta para receber as pessoas, para falar com as pessoas, para as atender, e depois, ter colaborações, da parte da Junta de Freguesia, com as outras entidades, coletividades, associações, clubes, o que for, no sentido de criar iniciativa, de criar colaborações com essas entidades, apoiar, não digo que financeiramente, porque o orçamento da Junta é de cerca de 300 mil euros, é relativamente pequeno e está muito canalizado para determinadas coisas, o que poderá haver, e da minha parte vai haver, são determinadas escolhas, que neste momento, não concordo com elas. Há uma falta de gestão gritante, há falta de acompanhamento das coisas, não o posso aceitar num presidente de Junta que também quer ser reivindicativo, empenhado, cuidadoso… A Travessa da Reboleira é um exemplo. É um espaço que está ao cuidado da Câmara e não da Junta, mas um presidente da Junta desta qualidade não pode aceitar que uma travessa esteja fechada há seis meses no centro da cidade, e não faça nada quanto a isso, pelo menos que se conheça. O presidente da Junta é um órgão eleito, tem uma legitimidade democrática, tem uma legitimidade própria, tem assento na Assembleia Municipal, tem uma ligação direta com a Câmara Municipal, e tem que pressionar, tem de reivindicar, tem de vir para os órgãos de comunicação social se for o caso disso, tem que defender os cidadãos, tem que defender os comerciantes, tem que defender a indústria, tem que estar todos os dias e sempre com amor à camisola da freguesia.
Que ideia tem da sua freguesia?
Tem à volta de dez mil eleitores, é uma União de Freguesias do Cartaxo e Vale da Pinta, com a cidade do Cartaxo e uma parte muito urbana com todos os problemas que daí advêm, com uma população também muito urbana nas suas qualidades e nos seus defeitos, e o Cartaxo tem passado muito por isso, em termos de cidade, e depois com a aldeia de Vale da Pinta que, não sendo já uma freguesia, ainda mais rural, bastante envelhecida e, portanto, temos aqui duas realidades diferentes. No próprio Cartaxo também temos essas duas realidades, como temos no País todo, agora, em termos da cidade do Cartaxo e de Vale da Pinta conheço, sou de cá.
A ideia que eu tenho do Cartaxo e de Vale da Pinta é uma ideia equivalente, é uma ideia de decadência. É uma cidade e uma aldeia que se nós compararmos o que eram há dez ou há 15 anos, ou mesmo há quatro anos, têm vindo numa decadência acentuada nos espaços públicos, na autoestima das pessoas relativamente às suas localidades, na estima das pessoas relativamente aos bens públicos e até mesmo aos seus bens particulares, que já não há um empenho por parte das pessoas em ter as casas arranjadas, as casas caiadas. A partir do momento em que temos um poder público, no Cartaxo e em Vale da Pinta, e no concelho todo, que não cuida das coisas, que não trata das coisas, que não se empenha em resolver as coisas e cuidar dos espaços públicos e dos equipamentos públicos, as pessoas também se vão acomodando a esta situação e acabam por deixar-se cair no mesmo erro e na mesma premissa.
Qual a primeira medida a tomar assim que for eleito?
A minha primeira medida será sentar-me, falar com os colaboradores, conhecê-los, falar com todos, perceber o que é que se pode fazer, o que é que se vai fazer diferente, conhecer a realidade da Junta de Freguesia e, a partir daí, tomar as iniciativas que entender que devem ser tomadas e que puderem ser tomadas, porque estar a dizer que vou fazer isto ou aquilo, neste momento, não seria ponderado.
No entanto, a minha prioridade é a limpeza dos espaços urbanos. Se nós cuidarmos e mostrarmos que estamos a cuidar e a fazer as coisas, que estamos empenhados, as pessoas ajudam, colaboram e vão atrás. A Junta tem que dar o exemplo, e há coisas que não custam dinheiro.
Lista do Juntos Pela Mudança à Assembleia de Freguesia da União de Freguesias do Cartaxo e Vale da Pinta
Candidatos efetivos Sérgio Pedro Mendes Mesquita Lopes, 47 anos, advogado; Mari Lúcia Coito Vieira Devesa, 38 anos, operadora de telecomunicações; Paula Maria Garrochinho de Almeida e Silva, 51 anos, farmacêutica; José Augusto Santos de Jesus, 45 anos, advogado; Maria da Conceição da Silva Ferreira, 62 anos, reformada; Isidro da Silva Ferreira Branco, 42 anos, encarregado de Construção Civil; Ana Filipa Leandro de Oliveira, 41 anos, assistente administrativa; Filipa Margarida Ferreira Nobre, 26 anos, técnica superior de Educação Social; Nuno Manuel Miranda Marques Serra, 39 anos, técnico de Notariado; Eurico José da Silva Rodrigues Conde, 45 anos, conservador de Bens Culturais; Teresa Isabel Loureiro Caria Reis, 53 anos, comerciante; Maria de Fátima Mendes Ferreira Vinagre, 43 anos, professora; Faustino Nascimento da Mata, 77 anos, reformado
Candidatos suplentes Amândio José Pina Gregório, 45 anos, empregado de comércio; Maria Elisabete de Oliveira Parente Martins, 62 anos, reformada; Nuno Miguel Ferreira Gaspar, 22 anos, estudante; José Vicente de Melo e Castro Jorge, 57 anos, agente de seguros; Íris Maria Gaspar das Neves Nunes, 36 anos, analista de risco; Paulo Alexandre Leal Marques, 39 anos, comerciante; Francisco José Verças Carvalho, 57 anos, operador de Logística; Marta Ivanyuk, 23 anos, estudante; João Filipe Alexandre Anacleto, 46 anos, mediador de seguros; Joaquim Pereira Narciso, 68 anos, reformado; Tânia Filipa Cananó Silva, 21 anos, estudante; Paulo Renato Fernandes Tavares, 47 anos, empresário de restauração; Rui Manuel Pinto Custódio, 64 anos, reformado; Sofia Florentino Pereira, 20 anos, estudante; António Gomes da Silva, 62 anos, comerciante; Nuno Alexandre Botão Pereira do Carmo, 48 anos, médico veterinário