A nova direção do Rancho Folclórico promete “trazer vida” à Lapa
Fomos até à Lapa conhecer a nova direção do Rancho Folclórico, perceber como encontraram esta casa e quais os planos que têm para o futuro. Esta é uma direção de “malta jovem, que promete novas ideias e mais dinamização.
Antero Jesus é o presidente, Rúben Borralho o vice-presidente e Flávia Bento a tesoureira. Eleitos no dia 11 de março, a nova direção surge quando se verificam algumas divergências de opinião no caminho a seguir para esta coletividade. O presidente explica-nos que “as coisas não estavam fáceis”, pois mesmo que a razão estivesse de um dos lados, não existiu capacidade de resolução dos problemas.
Esta nova direção descreve-se como um grupo de amigos e conhecidos que gostam de ajudar a freguesia, inclusive alguns deles já tinham trabalhado juntos em eventos e festas da terra. Juntaram-se agora em prol deste objetivo, porque sentem que “esta casa merece muito respeito e que além de estar aqui muita tradição, poucas freguesias têm um espaço tão grande como este que deve ser aproveitado”, declara Antero Jesus. Em tempos, este edifício teve atividades como o teatro, o cicloturismo, a ginástica, alguns géneros de danças, mas atualmente só funcionava o grupo do Rancho Folclórico.
Os objetivos estão definidos, querem manter e lutar pelo folclore, federá-lo e “colocá-lo no sítio de prestígio que ele merece”, mas acreditam que “há espaço para todos” e que acolher mais atividades seria uma ótima solução para dinamizar este local e em consequência, a sua terra. Aprovar os regulamentos internos é outro dos objetivos, dinamizar o bar e além disso renovar os estatutos que já estão demasiado desatualizados pois ainda são do início da formação desta coletividade.
O presidente da direção esclarece que o rancho funciona todo de forma voluntária e que a pandemia veio travar parte das saídas, pois não havia muitas verbas para se deslocarem, em segurança, para muito longe. Ainda assim, o grupo de folclore está “bastante composto”, e Antero Jesus garante-nos que “dançar aqui é um brio que as pessoas têm. Pode existir alguns elementos a abandonar, mas com certeza que vão chegar mais”.
Segundo Flávia Bento, a nova direção está confiante e assume tentar sempre fazer o melhor em prol da associação e da terra, “concorremos mesmo por isso”. Neste momento encontram-se em fase de renovação, perceber o que há para fazer e por onde vão iniciar os trabalhos, eliminar alguns maus hábitos e injetar novas ideias e regras.
“É muito fácil fazer quando há muito querer”, diz-nos Rúben Borralho. O vice-presidente é a alegria do grupo, frequentou o rancho durante algum tempo e tem intenções “de levar isto para a frente, de forma que todos se deem bem uns com os outros”.
Para o futuro estão a planear o calendário de atividades, assinalar alguns momentos importantes como o aniversário em julho, mas adiantam ao Jornal de Cá que querem começar a organizar matinés, os famosos “bailaricos de domingo à tarde”, para começar a introduzir aos poucos algumas atividades na terra, que claro serão abertas a todos.
O lema desta nova direção é movimentar a terra, dinamizar e trazer “vida a esta casa” sempre com muita dignidade. “Se com isso conseguirmos trazer novas modalidades, a Lapa só ficará a ganhar”, concluem.