A vida começa aos 60: a sexualidade na terceira idade

Por Raquel Rodrigues

A ideia de que sexo não é para velhos está a cair em desuso. Se pensam que com o avançar da idade deixa de ser importante o amor e perde-se a vontade de namorar, desenganem-se. Afinal, porque temos vergonha, receio ou simplesmente é tão difícil de abordar o assunto da sexualidade na terceira idade com alguém?

A sexualidade na Terceira Idade é ainda um tabu para o idoso, família e sociedade. Mitos e preconceitos são gerados em torno deste tema e a falta da sua discussão reforça dúvidas e incertezas. Por isso, considero pertinente desmistificar a sexualidade no envelhecimento.

O que se entende por Sexualidade? A OMS, Organização Mundial de Saúde, define “sexualidade com uma energia que nos motiva a procurar o amor, contacto, ternura, intimidade, que se integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; ela influencia pensamentos, sentimentos, e por isso influencia também a nossa saúde física e mental.” Sexualidade é muito mais que um contacto sexual é a expressão de afectos e de emoções.

É certo que existem vários fatores que influenciam o desempenho da sexualidade, como as doenças, o status conjugal, a autoestima e preconceitos sociais, mas creio que estamos cientes que para além das mudanças físicas elas não são responsáveis pela fim da intimidade de um casal. Existe sexualidade nesta faixa etária e é benéfica para a sua qualidade de vida.

No entanto, é crucial alertar para uma sexualidade protegida nesta idade. Em Portugal, tão- pouco se fala neste assunto. Espero em breve ver anúncios desta natureza, como o exemplo da Organização Safer Sex for Seniores, da Florida, nos EUA, (2012) que promoveu uma campanha sobre sexo seguro ilustrando posições do Kamasutra com pessoa idosas.

Para o efeito, apelo a todos os profissionais a divulgação desta matéria.

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Educação cívica é urgente!

Saber viver é aprender a envelhecer.

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