Passaram-se anos, meses, dias…em que naquela noite se fez dia, e do tronco da árvore adormecida, brotou a flor mais bonita que alguma vez se viu florida, com pétalas multicolores, orvalhadas com lágrimas de alegria.
Passaram-se anos, meses, dias… que do destapar das gargantas rompeu, finalmente, o grito prometido, mas mil vezes contido, de uma nova liberdade que chegava em Abril!
Passaram-se anos, meses, dias…que soldados, fardados de ganga, com armas vestidas de cravos, resgataram a paz numa pátria sofrida, abrindo as prisões da cidadania libertando a liberdade e a prometida democracia!
Foi o começo de um novo tempo. Um tempo de vida vivida, um tempo sentido. Um tempo de palavra mudada de um país oprimido para uma pátria renascida acordada nessa madrugada em liberdade!
Desde então, muitas águas correram pelos rios que a liberdade rasgou. E se mil ventos trouxeram mil promessas, outros, levaram esperanças mil. Mas em cada ano, mês, dia…renasce em cada um de nós a certeza de uma promessa por cumprir, num Abril todos os anos renovado, num novo tempo que em democracia vamos construindo!
Artigo publicado na edição de abril do Jornal de Cá.