Adega do Cartaxo apresentou Desalmado
'Desalmado' é um vinho topo de gama
Decorreu na quinta-feira, no Restaurante Taberna Ó Balcão, em Santarém, a apresentação oficial para a comunicação social do vinho Desalmado, o novo topo de gama da Adega do Cartaxo, num jantar que contou com as iguarias confecionadas pelo chef Rodrigo Castelo.
A entrada foi constituída por sopa de peixe do rio com ovas de barbo e o prato de peixe foi mãozada de bacalhau. Ambos foram acompanhados pelo Bridão Resrva Branco 2015.
Com o prato de carne, cornos e tentáculos, chegou a estrela da noite: o Desalmado.
“É um vinho poderosíssimo, muito jovem, desde logo, muito intenso de aroma, cheio de fruta, ainda. O vinho tem 15,5º graus. O que é certo é que não se nota o álcool. Quando metemos o vinho no nariz o que sai é fruta, madeira, tudo muito bem conjugado. E isso, de facto, é a riqueza que o Tejo tem, e em particular, permitam-me, o Cartaxo, que tem condições ótimas”, explicou o enólogo responsável pelo Desalmado, Pedro Gil.
O vinho, com uma produção limitada de 3 883 garrafas, resulta da conjugação das castas Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Tinta Roriz, Alicante Bouschet, Merlot e Castelão, com um estágio de 12 meses em barricas de carvalho francês de grão extra-fino e um posterior estágio em garrafa durante 24 meses.
O resultado é um vinho profundo, intenso e exuberante, com muita alma e um verdadeiro desafio para os sentidos.
Na ocasião, o presidente da Adega do Cartaxo, Jorge Antunes, disse que “esperamos continuar a fazer este tipo de produto, a dar continuidade a este trabalho que esta equipa tem vindo a fazer, também com os nossos associados”, agradecendo ao enólogo Pedro Gil e a toda a equipa da Adega.
O presidente do Município do Cartaxo, Pedro Ribeiro, também esteve nesta apresentação. Embora não possa consumir bebidas alcoólicas, salientou que “aquilo que a gente vai ouvindo por toda a parte é que, de facto, o vinho é muito bom, o que não surpreende, porque a qualidade da Adega Cooperativa, nos últimos anos, tem sido esse o patamar que vocês têm alcançado”, acrescentando que “este projeto da Adega Cooperativa é um trajeto de uma grande coragem e de uma grande ousadia”.
José Barroso, da direção da Adega, realçou que “a Adega é vista, na CVR (Comissão Vitivinícola Regional) não propriamente como genuinamente uma adega cooperativa, mas mais como um operador económico quase particular. E isso deixa-nos extremamente satisfeitos”, lembrando que “há 14 anos, quando esta direção tomou posse, os primeiros dois anos ou três andámos, várias vezes, a discutir a alteração da designação da nossa Adega. Porque a Adega Cooperativa do Cartaxo era depreciativo em três aspetos: era cooperativo, era do Cartaxo e era Ribatejo. Achámos sempre que devíamos arranjar algo que nos pudesse beneficiar e não automaticamente depreciar. Hoje, abandonámos esse pensamento. Temos imenso orgulho em ser do Cartaxo, imenso orgulho em ser uma adega cooperativa, temos imenso orgulho em ser do Ribatejo, agora Tejo”.