Agroglobal assume-se como grande evento nacional

 

O Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, esteve no encerramento da Agroglobal 2016, que durante três dias levou milhares de interessados aos campos da lezíria, em Porto de Muge.

 

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O certame assume-se já como uma das maiores feiras nacionais do setor agrícola, 100 por cento profissional, assente num formato baseado na inovação, dinâmica e interatividade.

Segundo a organização, é um evento que valoriza o saber de experiência feito de gerações de agricultores, e que exibe os meios tecnológicos e científicos que um enorme conjunto de empresas coloca à disposição da produção de forma permanentemente renovada.

Por isso, desde entidades bancárias a associações, de empresas de produtos químicos a empresas de maquinaria agrícola, todos quiseram marcar presença no certame.

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Os milhares de pessoas que visitaram a Agroglobal foram lá com propósitos bem definidos: encetar conversações para eventuais negócios, fechar negócios, conhecer os mais recentes avanços na área, ou até mesmo ouvir os diversos especialistas.

Segundo as opiniões que o Jornal de Cá conseguiu recolher, a Agroglobal já ‘bate aos pontos’ a Feira Nacional de Agricultura, porque ao passo que “os visitantes da Feira da Agricultura também se vão divertir, aqui só vêm mesmo os interessados”, disseram muitos.

A Agroglobal já marca, inclusive, a agenda política, com a presença de Pedro Ribeiro, presidente da Câmara do Cartaxo, que acompanhou o certame ao longo dos três dias, e de muitos elementos de  outras forças partidárias, como o PSD Cartaxo e o Movimento Independente do Concelho do Cartaxo. Recorde-se que também Pedro Passos Coelho, presidente do PSD, ou Assunção Cristas, presidente do CDS, por exemplo, visitaram o certame, bem como diversos governantes e responsáveis políticos de outros concelhos.

 

Ministro não espera grandes mudanças na PAC

Capoulas Santos dedicou a sexta-feira, 9 de setembro, a este evento, participando, igualmente, do seminário “A PAC (Política Agrícola Comum) pós 2020 e o acordo TTIP (Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento)”.

O governante referiu que o atual quadro, com a saída do Reino Unido da União Europeia, e as sucessivas crises que têm assolado alguns setores, “com particular incidência no caso da carne de suíno e no setor do leite, penso que tem obrigado a sérias reflexões relativamente ao modelo excessivamente liberal, na minha opinião, que tem pautado as orientações da Política Agrícola Comum nuns anos mais recentes, e que, nalguns aspetos, a realidade parece estar a desmentir”.

Salientando que “não faço ideia quando é que a Comissão poderá apresentar um primeiro documento relativamente às orientações para o futuro da PAC”, Capoulas Santos disse acreditar que “não poderá demorar muito, tendo em conta as questões da co-decisão, que foram introduzidas pelo Tratado de Lisboa e que implicaram a participação, com poderes de decisão, do Parlamento Europeu, isto implica todo aquele ritual próprio da negociação, qualquer coisa que nunca é menos de dois anos e meio”.

Ainda assim, “eu penso que o modelo que foi configurado, que está em vigor desde 2014, não me parece que seja suscetível de grandes alterações para o futuro. Ele será, certamente, ajustado”, referiu, acrescentando que “onde penso que incidirão as principais questões vai ser na repartição dos envelopes financeiros, que a pressão vai ser imensa, basta olharmos para a questão dos refugiados, para a questão das fronteiras, para a questão da segurança”.


 

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