António Six expõe aguarelas de aviões em Lisboa

“Voar e Sonhar” é o nome da exposição de António Six, na Galeria Fernado Pessoa do Palácio da Independência, em setembro

O amor pelos aviões e pelo ar juntou-se ao gosto que António Six tem, desde novo, pela pintura e pelo desenho. Depois de tantas outras exposições, o artista residente em Pontével apresenta agora aguarelas de aviões da Grande Guerra, da Força Aérea Portuguesa e de aviões comerciais

A exposição de aguarelas de aviões “Voar e Sonhar” tem inauguração marcada para o próximo dia 18 de setembro, às 18h, na Galeria Fernando Pessoa do Palácio da Independência, sede da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, em Lisboa. Em exposição vão estar expostos aviões da Grande Guerra, da Força Aérea Portuguesa e aviões comerciais.

Desde muito novo que António Six se interessa por pintura e desenho e, com o passar dos anos, continuou sempre a desenhar. O “amor aos aviões e às coisas do ar” fê-lo ingressar na Força Aérea Portuguesa e, depois, “foram cerca de 30 anos a voar na TAP, a minha companhia, o meu grande amor”, conta o artista, agora reformado, que decidiu deixar Lisboa, “cansado de uma vida agitada sem noites e sem dias”, e vir viver para Pontével, “num local isolado e longe do mundo”.

Esteve ligado a um projeto de gravuras “Aviões de Portugal” e fez diversas exposições, quer em Portugal quer no estrangeiro, tendo estado em Macau a convite da Fundação Oriente para a comemoração da 1ª viagem Lisboa a Macau por Sarmento de Beires.

Continuou sempre a pintar e a “trabalhar com nomes conhecidos das nossas artes”, assim como a expor os seus trabalhos. Entretanto, “comecei a dedicar-me à aguarela e tive que desenvolver a minha técnica para atingir os fins desejados”, diz António Six, que um dia foi desafiado pelo filho – também ele ligado profissionalmente aos aviões – para desenhar um avião. “Tive medo e durante 15 dias pensei”, até que, certo dia, “resolvi tentar, em segredo, e fui começando”, conta o artista que foi continuando o seu trabalho, “numa média de oito a dez horas de trabalho diário”. Hoje, com 69 anos, “estou a atingir os 500 quadros de aviões, que tenho apresentado em exposições e que tenho enviado para o estrangeiro”.

“Nesta exposição de dia 18 de setembro poderão ver diversos quadros que serão oferecidos a diversas individualidades, entre as quais saliento o Sr. Presidente da República a quem será oferecido um quadro (aguarela) de um Avião Hércules C 130”, revela António Six. “Hoje continuo pintando os meus aviões, desafiando-me a fazer mais difíceis com mais história e sempre melhor”, estando atualmente a fazer “uma pequena coleção dos aviões mais conhecidos ou mais bonitos da 1ª grande Guerra”. E, assim, “passo os dias, sempre com a vida ligada aos ares, pintando os aviões que me agradam, desde os mais antigos, históricos, aos comerciais, dos Jatos aos de Hélice”, conclui.

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A exposição, promovida pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal e pelo Instituto Bartolomeu de Gusmão, estará patente ao público até dia 29 de setembro.

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