Atraso do Sport Lisboa e Cartaxo leva a retirada de pontos na reunião de Câmara

O Plano de Atividades, que o clube não entregou, é um imperativo legal

Realizou-se na segunda-feira, 19 de fevereiro, mais uma reunião de Câmara do Cartaxo, com uma Ordem de Trabalhos com 23 extensos pontos. Uma Ordem de Trabalhos que ficou ligeiramente mais curta logo no início dos trabalhos, com a retirada dos pontos 14, “Contrato-programa de desenvolvimento desportivo entre o Município do Cartaxo e o Sport Lisboa e Cartaxo para o desenvolvimento dos escalões de formação na modalidade de futebol”, e 15, “Auto de cedência e de aceitação de direito de utilização de espaço municipal – Estádio Municipal”.

Estas deliberações tiveram de ser adiadas porque, segundo disse o presidente do Município, Pedro Ribeiro, “apesar das nossas insistências ao longo dos últimos dias, dos três documentos há um do Sport Lisboa e Cartaxo que não foi entregue a tempo e horas”. O documento em causa é o Plano de Atividades, que o clube não fez chegar ao Município, “que, de acordo com o contrato-programa, é imperativo legal fazer parte da proposta”, acrescentou o responsável pelo pelouro do desporto, Pedro Nobre.

Assim, e caso o clube faça chegar o documento em falta à Autarquia nas próximas duas semanas, estes pontos serão reagendados na Ordem de Trabalhos da próxima reunião de Câmara.

O Sport Lisboa e Cartaxo fez chegar ao Município, na tarde de segunda-feira, um documento, que não é um Plano de Atividades, “é uma taxa de ocupação semanal, que funciona para o ano, que é diferente do Programa de Desenvolvimento Desportivo do clube, como deve ser anexo ao contrato-programa”, explicou Pedro Nobre.

Apesar de o ponto 15, “Auto de cedência e de aceitação de direito de utilização de espaço municipal – Estádio Municipal”, não estar diretamente ligado ao contrato-programa, a opção foi por também ser retirado, uma vez que, segundo Pedro Ribeiro, “os pontos estão casados. Se vocês repararem, quando tivermos a discussão dos princípios que nortearam o auto de cedência e a forma como ele está redigido, vão ver a relação da Câmara com o clube e a obrigatoriedade do clube de ter X de equipas de formação, para que nunca haja a tentação de o clube ser uma mera ‘barriga de aluguer’ de uma Sociedade Anónima Desportiva. E houve essa intenção desde o início, da parte de Câmara. Aliás, chegou a ser proposto que a própria Câmara fosse acionista da SAD. Tivemos essas divergências com os potenciais investidores do clube”.

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