A CDU Cartaxo escolheu um local emblemático na cidade do Cartaxo, o Parque Central, para fazer a apresentação dos seus candidatos às autárquicas de 1 de outubro no concelho. “É um sítio simbólico que fez parte da nossa luta, desde sempre que nós fomos a única força política que esteve, efetivamente, contra o fecho da Nacional 3. Temos aqui, por trás de nós, um mamarracho que custou cinco milhões de euros, que só serviu para a Câmara ficar ainda mais hipotecada, cortámos a Nacional 3, que é um eixo estruturante para o movimento da cidade, e que deixou de o ser. Para se entrar no centro da cidade tem que se dar voltas e mais voltas. Foi uma luta que nós tivemos, estivemos, na altura, contra ela, e é uma luta que nós iremos desenvolver no futuro”, começou por referir José Barreto, coordenador da CDU Cartaxo.
Os candidatos foram apresentados pelo mandatário concelhio, Rogério Coito.
Ainda antes de proceder à apresentação dos candidatos, Rogério Coito recordou que “ser mandatário não é mandar em ninguém, mas sim ser mandado, em representação do grupo, no processo que, depois, irá conduzir às eleições autárquicas, marcadas para o dia 1 de outubro” e que “o concelho precisa da vossa participação. A população anseia por uma política em que o Cartaxo seja o local ideal para viver”.
Assim, às freguesias, concorrem: Jorge Rosa (Independente, União de Freguesias Cartaxo e Vale da Pinta), Rogério Mendonça (PCP, Valada), Artur Venâncio (PCP, Vila Chã de Ourique), Élia Costa (Independente, Vale da Pedra), Pedro Amorim (PCP, Pontével), e Rodrigo Rodrigues (PCP, União de Freguesias Ereira e Lapa).
Para a Assembleia Municipal, o cabeça de lista é Mário Júlio Reis (Independente), o segundo é José Manuel Freitas (Independente) e a terceira é Catarina Lagarto Marques (PCP).
Mário Júlio Reis realçou que “este é mais um desafio, mais um momento para tentarmos dar ao povo do Cartaxo, e ao concelho do Cartaxo, os benefícios e os valores que o povo do Cartaxo não tem tido e, sobretudo, as orientações políticas de aplicação dos parcos recursos que o concelho tem, quer a nível patrimonial quer a nível cultural quer, até, a nível económico e financeiro, que sejam aplicados, definitivamente, a bem do povo do concelho e não, como nós temos sabido, a nível de outros bens”. O candidato garantiu que, na Assembleia Municipal, a CDU irá fiscalizar o desempenho da Câmara Municipal. “Vamos tentar estar por dentro dos assuntos todos, de modo que saibamos e consigamos ter uma ação, no dia a dia, de orientação dos poderes que venham a ser constituídos, de modo a que não se saia daquele caminho que nós reconhecemos como sendo o caminho do progresso, o caminho do desenvolvimento e o caminho do bem-estar público”, salientou.
Orlando Casqueiro (PCP) lidera a lista à Câmara Municipal, seguido de José Barreto (PCP) e Sandra Deus (Independente).
Orlando Casqueiro referiu que “é com muita honra e com prazer que aceitei candidatar-me pela CDU”, aproveitando para tecer críticas à gestão socialista que, segundo disse, “não teve arte nem engenho para continuar e para dinamizar” diversas atividades, como a Feira dos Santos, por exemplo, em comparação com outros certames na região.
Aproveitando o local de realização desta apresentação, Orlando Casqueiro salientou que “isto é o exemplo de como é que se gasta dinheiro. Penso que hoje há poucas dúvidas de que este é o lugar mais inóspito do Ribatejo”.
O candidato olhou, ainda, para o futuro do concelho, que “está ‘engasgado’, está com base no acordo que fizeram de empréstimo com o FAM (Fundo de Apoio Municipal), vai ter necessidade, nos próximos 30 anos, de pagar cerca de 52 milhões de euros mais 15 milhões de juros”. Por isso, a CDU defende a renegociação deste empréstimo, “porque o que estão a fazer é colocar o Cartaxo numa pasmaceira, é não darem oportunidade de nós ultrapassarmos as dificuldades”.
A terminar a apresentação, Carlos Gonçalves, da Comissão Política do Comité Central do PCP, lembrou os muitos independentes que integram as candidaturas da CDU, “que afirmam esta coligação como um espaço de participação em que milhares de cidadãos se unem numa intervenção cívica e política, que é gratificante, mas sobretudo é um contributo efetivo muito positivo para as populações, para melhorar as condições de desenvolvimento dos concelhos e do nosso País”.
Como objetivos no concelho do Cartaxo, este responsável destacou a necessidade de “recuperar e avançar, aumentar votos e eleitos, reforçar a intervenção e a iniciativa, em defesa das populações, do desenvolvimento do concelho e das freguesias”.