O AVC constitui uma das principais causas de morte em Portugal, deve-se principalmente ao estilo de vida e pode deixar graves sequelas na vida pessoal, familiar e profissional do doente.
Ocorre quando uma parte do cérebro deixa de ser irrigada pelo sangue, devido a um coágulo que interrompe o fornecimento de sangue numa determinada região do cérebro, ou devido à rutura de uma artéria cerebral.
Se houver uma lesão do lado esquerdo, pode causar paralisia ou perda de sensibilidade ou força dos membros do lado direito, o mesmo se passa se a lesão for do lado direito, causando paralisia dos membros esquerdos, isto porque a parte direita do cérebro comanda a parte esquerda do corpo e vice-versa.
O AVC pode originar afasia que consiste em alterações na fala e linguagem, dependendo do local do cérebro onde ocorre a lesão. Embora seja variável o grau de gravidade, é das sequelas que mais afetam a vida do doente. Pode acontecer que o doente não consiga falar mais do que alguns sons, mas compreende o que lhe dizem ou por outro lado, tem muitas dificuldades em compreender os outros, embora não apresente problemas na fala.
Com a ajuda técnica necessária (terapeuta da fala, terapeuta ocupacional, neuropsicólogo, fisioterapeuta) muitas pessoas podem conseguir voltar a executar as atividades diárias sozinhas, sendo também de extrema importância o encorajamento da família, com um papel fundamental neste processo.
De entre os principais fatores de risco distinguem-se as alterações na tensão arterial, tabagismo, diabetes, doença cardíaca, álcool, acidentes isquémicos transitórios (AIT), obesidade, sedentarismo e stress. Há alguns anos atrás era apenas frequente em idosos, mas atualmente a incidencia é cada vez maior nas camadas mais jovens.
Vigiar regularmente a saúde através de consulta médica, manter uma dieta equilibrada, atividade física regular e evitar o stress, são as melhores formas de prevenção.
