Apesar de encontrarem alguma demora no atendimento no Hospital Distrital de Santarém (HDS), os Bombeiros Municipais do Cartaxo ainda não sentem a pressão que outros hospitais do país vêm vivendo nos últimos dias, provocando filas de ambulâncias em espera e macas retidas.
Em conversa com o Jornal de Cá, Vítor Rodrigues, adjunto do comando dos Bombeiros Municipais do Cartaxo, revela que nos serviços de emergência médica “há um tempo de demora mais do que a conta, mas aquelas situações que já vimos na televisão ainda não acontecem em Santarém; as coisas ainda não estão assim, por enquanto”.
“Estamos a funcionar como normalmente, embora haja uma vez ou outra em que não conseguimos assegurar tudo, porque temos as ambulâncias em serviço”, diz Vítor Rodrigues, acrescentando que “a quantidade de serviços também não é nada de anormal ao nível da emergência médica”.
Vítor Rodrigues diz que é notória a diferença entre este e o confinamento de março e abril, “em que houve muito menos serviço”. Neste confinamento que agora vivemos “não está a ser o caso”, recordando que no primeiro confinamento nos poucos serviços que fizeram ao hospital “não víamos lá ninguém. As pessoas tinham mais medo do que têm agora”.
“Fiquem em casa! Não arranjem pretextos para ir para a rua”, aconselha Vítor Rodrigues, sugerindo às pessoas que façam as compras de forma mais consciente e racional, evitando idas frequentes ao supermercado. “Fiquem mesmo em casa! Os hospitais estão em situação de rutura, não arranjem problemas para vocês nem para os outros”, implora, por fim, o adjunto do comando dos Bombeiros do Cartaxo, lembrando que os bombeiros e outros profissionais de serviços essenciais se mantêm a trabalhar e que “andam no fio da navalha”, com receio de apanhar o vírus, e tanta gente que pode ficar em casa, protegendo-se a si e aos outros, mas que insiste em andar na rua.
Dentro do quartel do Cartaxo, “está tudo a andar. Desde março que fazemos as saídas com os equipamentos de proteção individual (EPI) adequados, não estamos a aliviar nada, mantemos tudo igual”, diz o adjunto de comando, acrescentando que “até hoje não temos qualquer tipo de situação de infeção”, dentro do quartel.