Já todos nos perguntámos porque é que uns gostam mais de cães e outros de gatos. A resposta é simples. Segundo um estudo da Universidade de Carroll, nos Estados Unidos, a preferência por uma das espécies tem explicação na personalidade dos donos. Segundo o mesmo estudo, os amantes de cães tendem a ser mais ativos e sociáveis, e também a seguir mais regras, enquanto os apaixonados por felinos são mais introvertidos, sensíveis e de mente aberta.
E estes traços de personalidade parecem estar intimamente ligados ao tipo de ambiente que essas pessoas preferem. Um dono de cão tende a gostar de sair, ver outras pessoas e levar o seu animal de estimação a passear, enquanto os indivíduos introvertidos e sensíveis podem preferir ficar em casa a ler um livro.
A pesquisa que deu origem ao estudo foi realizada com 600 estudantes universitários. Além de responder se preferiam gatos ou cães, os participantes falaram sobre as qualidades que mais gostavam nas suas mascotes e responderam a uma série de perguntas com objetivo de avaliar sua personalidade.
Assim, 60 por cento das pessoas preferiram cães, enquanto apenas 11 por cento se declararam amantes de gatos. Para os que preferem cães, o companheirismo foi a característica preferida, ao passo que a afetividade foi o traço mais citado por aqueles que tinham gatos.
Entender melhor os gatos
- A cabeça é um dos sítios em que a maioria dos gatos gosta de receber afagos. Isto deve-se ao facto de ser na cabeça que recebem lambidelas dos “amigos” felinos. É um ritual de amizade e de confiança entre eles e, com os donos, é uma forma de estreitar relações.
- O ronronar continua a ser um mistério para os estudiosos da espécie, e é produzido por músculos que fazem vibrar as cordas vocais de uma maneira especial, por diversas razões. Genericamente, podemos dizer que os gatinhos pequenos ronronam quando mamam, e a mãe acompanha o ronronar. Em adultos, é um sinal emitido para os humanos quando querem chamar a atenção. Tudo indica que o ronronar significa um pedido: para trazer comida, para continuar as festas ou afastar algo que o assusta.
- As brincadeiras servem para os gatos aprenderem a caçar e também para se socializar com outros gatos. No caso dos animais domésticos, as brincadeiras entre eles se tornaram um modo de demonstrar amizade.
- O gatos não gostam que lhes mexam nas patas. É aqui que está concentrado o tato, sentido que os ajuda nas caçadas e é muito sensível. As almofadinhas das patas possuem recetores que indicam o que está entre elas e as garras são equipadas com nervos que revelam o quanto foram esticadas e qual a resistência que suportam.
- Em liberdade, raramente miam uns para os outros – exceto quando brigam ou acasalam. Geralmente, os miados são direcionados às pessoas, para chamar sua atenção e conseguirem o que querem. Os gatos modulam os seus miados de acordo com o “pedido”.
- Os gatos são autossuficientes e, assim, não têm necessidade de demonstrar emoções para comunicar. Como bons caçadores, preferem dissimular suas emoções e manipular as atitudes do adversário.
- A cauda levantada na vertical parece ser um sinal que demonstra a boa intenção de um gato para o outro. A cauda levantada é, também, o sinal mais claro da afeição de um gato por um humano.
- Quando um gato esfrega o corpo noutro gato, ele reafirma a confiança entre eles. Nas pernas do dono, ele declara sua afeição.
- Os gatos são animais territoriais e solitários. Depois de adultos, eles geralmente se dão mal com outros gatos. Por isso, quando dois adultos são colocados na mesma casa, separam as suas áreas e costumam brigar. A melhor maneira é dividir os locais onde comem e dormem.
Os cães são mais inteligentes do que imagina
- Qualquer dono de cão sabe que ele é perfeitamente capaz de compreender gestos e olhares. O que poucos sabem é que essa habilidade de compreensão da nossa linguagem corporal é extremamente rara entre os animais — nem mesmo os chimpanzés podem interpretar tão bem os nossos gestos.
- Os cães podem ser treinados para aprender palavras e os seus significados.
- Os cães usam diferentes tipos de latidos e rosnados para se expressar e ser compreendidos pelos humanos.
- Ao contrário do que acontece em outros grupos de animais, os líderes das matilhas são os cães que têm mais amigos. Quanto maior a “rede de contatos” de um cachorro, maiores são as chances de que os outros o considerem um líder e o sigam para onde ele for.
- Existem fortes indícios de que o sentimento de empatia está presente nos cães. Em 50% dos casos de briga entre dois cachorros, um terceiro elemento que não estava envolvido na luta se aproxima do perdedor. Isso significa que os cães reagem ao comportamento do companheiro de espécie que indica a derrota.
- Um estudo realizado na Universidade de Viena, na Áustria, mostrou que os cães sabem quando estão ou não a ser observados pelo dono e comportam-se de formas diferentes de acordo com isso.