A Câmara Municipal do Cartaxo inscreveu em Orçamento para 2018 uma verba de 4.000 euros para apoio a agregados carenciados na aquisição de medicamentos.
Esta verba destina-se a estabelecer um protocolo com a associação Dignitude que, através do Programa abem: Rede Solidária do Medicamento, visa garantir que todos os portugueses têm acesso aos medicamentos comparticipados que lhes são prescritos.
Este protocolo – que ainda está em fase de estudo – implica uma comparticipação financeira do Município e das farmácias que integram esta rede.
Para já, a verba inscrita em Orçamento resulta de um cálculo feito pelo Município para um número mínimo de famílias abrangidas, o que não quer dizer que não possa ser revisto, uma vez que, apresentadas as candidaturas, será feito um cálculo dos rendimentos do agregado, que irá ditar o apoio.
Este protocolo “visa tentar acudir às situações de maior necessidade”, explica Elvira Tristão, vereadora responsável pelo pelouro da Ação Social na Câmara do Cartaxo.
Também a União de Freguesias Cartaxo e Vale da Pinta está interessada em estabelecer um protocolo com o mesmo fim com a Dignitude, segundo disse Délio Pereira, presidente da Junta, na Assembleia de Freguesia realizada no passado dia 18 de dezembro.
A resposta surgiu a uma questão de Pedro Mesquita Lopes, do Juntos pela Mudança (JPM), que quis saber o ponto de situação desta matéria, que havia sido levada a reunião de executivo.
Paula Almeida e Silva, farmacêutica e eleita do JPM, lembrou que “as pessoas têm de vir referenciadas das juntas, das câmaras municipais, das conferências ou das Cáritas, e têm os medicamentos todos sem pagar nada”.
A eleita afirmou, ainda, que “na última reunião da ANF (Associação Nacional de Farmácias), o que me disseram foi que nem a Câmara Municipal nem a União de Freguesias Cartaxo e Vale da Pinta se tinham proposto”.
Paula Almeida e Silva comprometeu-se a fazer alguma pressão na ANF, no sentido de agilizar a entrada do Cartaxo neste programa, até porque, diz, “todas as farmácias que aderiram ao programa pagam 35 euros por mês. Já estou a pagar 35 euros por mês quase há um ano, em Lisboa há pessoas já a usufruírem deste serviço, no Cartaxo não”.