Câmara estima que a conta da eletricidade do Município vai triplicar
Estão em cima da mesa algumas adaptações para minimizar os gastos, entre elas garantir que em toda a restante iluminação pública luminária que falta sejam colocadas lâmpadas LED, a possibilidade de haver cortes em algumas ruas e na iluminação de natal
Previsões apontam para que a conta da luz da Câmara Municipal do Cartaxo aumente para o triplo do valor “na melhor das hipóteses”, informou o presidente da Câmara, João Heitor, na reunião do executivo de 18 de outubro.
A crise mundial pela qual estamos a passar com a guerra na Ucrânia, dificulta ainda mais esta situação, com os preços da energia em valores que são “uma loucura”. O presidente refere este exemplo concreto “a eletricidade que o Município gasta atualmente ronda os 600 mil euros por ano, portanto a perspetiva da média e baixa tensão especial para o próximo ano é que na melhor das hipóteses quadruplique o valor e na baixa tensão normal que triplique”. Pensando que só triplica este valor dos 600 mil euros, transforma-se rapidamente em 1 milhão e 800 mil euros, ou seja, é um milhão e duzentos euros a mais. Estes valores altíssimos “vão representar um grande impacto no orçamento da Câmara Municipal do Cartaxo que tem receitas médias cobradas na ordem dos 15 milhões”, afirma o autarca.
Como a Câmara estima que a conta da eletricidade do Município no mínimo vai triplicar, estão em cima da mesa algumas adaptações para minimizar os gastos, entre elas garantir que em toda a restante iluminação pública luminária que falta sejam colocadas lâmpadas LED, a possibilidade de haver cortes em algumas ruas e na iluminação de natal.
“O governo já fez algumas sugestões que provavelmente também teremos de seguir como as melhorias dos sistemas, o controlo da temperatura do ar condicionado, ligar as luzes de rua um pouco mais tarde e desligar um pouco mais cedo, portanto vamos ter de adaptar o nosso sistema e estabelecer um plano para reduzir o custo energético de modo que o impacto não seja gigantesco”, frisa João Heitor.