Câmara incentiva comerciantes a associarem-se
Pedro Ribeiro, presidente da Câmara Municipal, explicou que o objetivo da reunião era alertar, uma vez mais, para a necessidade de constituição de uma associação de comerciantes do Cartaxo
A Câmara do Cartaxo convocou os comerciantes da cidade para uma reunião, na terça-feira, 30 de janeiro. A reunião realizou-se no Auditório Municipal da Quinta das Pratas e contou com a presença de mais de 30 comerciantes.
O objetivo da reunião era alertar, uma vez mais, para a necessidade de constituição de uma associação de comerciantes do Cartaxo, já que, “para o Município, é mais fácil reunir com seis ou sete pessoas que representem 80 ou cem comerciantes, do que termos de chamar toda a gente cada vez que vos queremos contactar”, explicou o presidente da autarquia, Pedro Ribeiro, frisando que “quero que entendam esta iniciativa como um Município aberto a que se resolvam as questões e os problemas das pessoas. Se estivermos unidos na resolução dos problemas, podemos encontrar as melhores soluções”. E deu exemplo: “há fundos comunitários e programas de apoio ao comércio local que as pessoas, por não estarem unidas e não existir a associação de comerciantes, não estão a usufruir”.
Apesar de alguns dos comerciantes presentes terem manifestado a sua disponibilidade para a constituição desta associação, a maioria mostrou-se cética, e apontou a falta de união entre os comerciantes como razão para este ceticismo. “Isto irá continuar enquanto a mentalidade dos comerciantes for esta. Esta reunião faz lembrar quando se iniciou o projeto Cartaxo Mexe, em que, na primeira reunião, apareceram 150 comerciantes, na segunda 30 e na terceira 15. Os comerciantes do Cartaxo não são unidos”, disse Paulo Lambéria, da Casa Brincheiro.
Uma apreciação secundada por Frederico Guedes, da Drogaria Howell Guedes, que lembrou que foi fundador da Associação Comercial do Cartaxo e que, “logo no início, houve comerciantes a criticar tudo”. Frederico Guedes aproveitou para criticar a alteração do sentido de trãnsito na Rua Batalhoz e as novas regras de estacionamento na cidade.
Para Álvaro Almeida, da empresa Tapetes Cartaxo, o problema é bem mais grave que a falta de uma associação de comerciantes. “Não temos espaços verdes bem tratados, os largos e os jardins estão que é uma vergonha, com muros por caiar. Nós não nos sentimos bem no Cartaxo. Como queremos que as pessoas cá venham se nós próprios fugimos do Cartaxo?”, questionou. Por isso, “mais importante que uma associação de comerciantes, é começar por arrumar a casa, limpar, mudar a imagem”, realçou.
“Uma associação comercial tem o meu apoio, porque acho que temos de fazer alguma coisa por esta terra”, disse Amélia Pina, da Ourivesaria Conceição.
Realçando que a constituição desta associação não cabe à Câmara Municipal, Pedro Ribeiro informou que os comerciantes irão ser contactados por email, para responderem sim ou não a esta ideia. Caso a maioria se pronuncie favoravelmente, a Câmara está disponível para dar apoio jurídico e para ceder uma espaço para a sede, frisando que a autarquia não está a impôr nada, mas antes a tomar uma iniciativa. Durante a reunião foi, ainda, distribuída uma proposta de estatutos para a constituição desta entidade.