A Câmara Municipal volta a disponibilizar o transporte para uma Novilhada de Promoção de Novos Valores 2017 na praça de toiros do Campo Pequeno, em Lisboa, no próximo dia 10 de agosto, numa noite que marca o regresso, trinta anos depois, do Grupo de Forcados Amadores do Cartaxo.
A compra dos bilhetes é da responsabilidade das pessoas que queiram aproveitar a boleia da Câmara Municipal para assistir ao evento, no qual também participa o cavaleiro praticante Manuel Oliveira (filho do cavaleiro Manuel Jorge de Oliveira). Neste dia, a partida para Lisboa será na Quinta das Pratas às 19h, com inscrições presenciais efetuadas até às 17h30 desta terça-feira (8 de agosto) em todas as juntas de freguesia do concelho e na receção da Câmara municipal do Cartaxo.
Isto é mesmo uma opção cultural?
José Nicolau
De referir que esta questão sobre a disponibilidade do autocarro da Câmara para espetáculos de tauromaquia foi um dos temas levado à reunião da Câmara Municipal do Cartaxo, desta segunda-feira (7 de agosto) pelo cidadão José Nicolau, mas que se tem mostrado também do interesse de vários cidadãos, ora em conversas de café, ora nas redes sociais, na internet. E pergunta este cidadão: “isto é mesmo uma opção cultural?” Pedro Ribeiro, presidente da Câmara Municipal, diz que sim e reforça que apesar de não ser “a nossa prioridade cultural, entendemos ter relevo suficiente, somos um concelho com tauromaquia [membro da Secção de Municípios com Atividade Taurina da Associação Nacional de Municípios Portugueses], achamos que deve merecer este tipo de apoio, disponibilizando o transporte para alguns destes eventos”.
Esta é já a segunda vez, em pouco mais de um mês, que a Câmara Municipal disponibiliza o transporte para o Campo Pequeno. A última vez foram dois autocarros de apoio à alternativa do cavaleiro Parreirita Cigano e “a adesão foi forte…”, diz o presidente. “Eu não sou um ditador do gosto, mas entendo que no nosso concelho há muitos aficionados e que o município tendo esses meios ou a possibilidade de apoiar que o faça, nesta dimensão”, ou seja, cedendo o autocarro do município. Ainda segundo Pedro Ribeiro, se o primeiro autocarro “rapidamente ficar esgotado a nossa via é sempre a mesma: procurar um município que nos empreste um autocarro e só então, havendo essa necessidade, partir para outro tipo de soluções”.