Cartaxo by night

Opinião de Carlos Gouveia

Em conversa dominical com um grande amigo, de longa data, que está emigrado por bandas francesas, aproveitamos sempre para relembrar o nosso querido Portugal e seus costumes. E, neste caso em concreto, não podia faltar o cancioneiro musical português, sendo que acabámos a rir à distância de um teclado, com uma cançonetista que se chama Bernardina, a cantar “Tira a mão da minha xuxa”. Acabamos sempre por falar do nosso passado, com um entusiasmo juvenil de quem sai aos sábados à noite, sendo que o ex-líbris e ponto alto foi a nossa época universitária.

Das nossas lides boémias dos anos 90, éramos presença assídua nas festas semanais da associação de estudantes do ISLA de Santarém que, sem exagero, fazia duas viagens de autocarro, sempre cheio e com filas à espera do seguinte, com partida do hospital velho, em Santarém, e paragem à porta do Coice da Mula. Aí, dispersavam alguns grupos para o monumental e Quovadis, sendo que a maior parte enchia o Coice da Mula, até irmos todos em excursão pelas ruas da cidade velha até à Horta da Fonte. Era impressionante a enchente de tunos, professores e alunos, de várias escolas universitárias, na discoteca em dias de semana, como se fosse um sábado à noite.

O regresso para Santarém era tortuoso, pois às vezes o autocarro não aparecia, sendo que chegámos a apanhar boleia com honras militares de um autocarro da Força Aérea Portuguesa!


 

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