O Cartaxo está no primeiro terço entre os 308 municípios portugueses com maior poder de compra.
O estudo é do INE (Instituto Nacional de Estatística) e pretende perceber onde há, em média, maior e menor bem estar material no território nacional.
Este ‘Estudo sobre o poder de compra concelhio’ analisa dados relativos a 2017 e “tem como objetivo caracterizar os municípios portugueses relativamente ao poder de compra numa aceção ampla de bem-estar material, a partir de um conjunto de variáveis e por recurso a um modelo de análise fatorial em componentes principais”, pode ler-se na introdução do mesmo.
A análise agrupa os municípios por divisões territoriais. Assim, o Cartaxo, integrado na Lezíria do Tejo (Alentejo, para efeitos administrativos), está na 89ª posição a nível nacional e na quinta na Lezíria do Tejo, entre os onze municípios que compõem esta divisão territorial, com um poder de compra de 86,51.
Importa dizer que o poder de compra na Lezíria do Tejo é de 90,74. Para isso, contribuem decisivamente os municípios de Azambuja (106,20, 20º a nível nacional e primeiro na Lezíria do Tejo); Santarém (101,40, 29º a nível nacional e segundo na Lezíria do Tejo); Benavente (94,40, 52º a nível nacional e terceiro na Lezíria do Tejo); e Rio Maior (90,24, 68º a nível nacional e quarto na Lezíria do Tejo).
Atrás do Cartaxo surgem Almeirim (86, 17, 91º a nível nacional e sexto na Lezíria do Tejo); Golegã (82,59, 115º a nível nacional e sétimo na Lezíria do Tejo); Salvaterra de Magos (77,46, 148º a nível nacional e oitavo na Lezíria do Tejo); Alpiarça (77,14, 151º a nível nacional e nono na Lezíria do Tejo); Coruche (76,77, 155º a nível nacional e décimo na Lezíria do Tejo); e Chamusca (71,72, 192º a nível nacional e 11º na Lezíria do Tejo).
Se compararmos os dados com os de anos anteriores, verificamos que o poder de compra caiu, na Lezíria do Tejo, relativamente a 2015. Em 2015, o poder de compra nesta região era de 92,3 (90,74 em 2017), o mesmo se constatando em relação ao concelho do Cartaxo (89,7 em 2015 e 86,51 em 2017). Aliás, no que respeita à Lezíria do Tejo, o poder de compra vem descendo desde 2011, quando registou 91,3. Já no concelho do Cartaxo essa descida vem de antes. Em 2007, o poder de compra no concelho era de 92,5. Para encontramos números mais baixos que o atual teremos de recuar a 1993 (76,4), 2000 (76,1) e 2002 (84,6), segundo dados da PORDATA.
No entanto, é de referir, igualmente que, face aos números de 2017, são poucas as regiões com um poder de compra mais elevado que o da Lezíria do Tejo. A Área Metropolitana de Lisboa lidera, com 124,10, seguida da Área Metropolitana do Porto, com 104,43. Segue-se o Algarve, que regista um poder de compra de 99,10, o Alentejo Central, com 94,40, a Região de Coimbra (93,69), o Alentejo Litoral (92,45), a Região de Leiria (92,24), e a Região de Aveiro (91,61). O Alto Tâmega é a região que regista o menor poder de compra, com 69,49.