A Câmara do Cartaxo já entregou a primeira proposta ao FAM (Fundo de Apoio Municipal).
O município está em rutura financeira – os critérios atuais estabelecem a rutura financeira quando a sua dívida ultrapassa três vezes a receita cobrada nos últimos três exercícios, “e o município do Cartaxo não ultrapassa só os três, ultrapassa 4,8. Portanto, estamos muito acima”, disse o presidente da autarquia, Pedro Ribeiro.
O autarca destacou os contributos que todas as forças políticas que se apresentaram às últimas autárquicas deram para esta proposta apresentada ao FAM, e “em nome da justiça, gostava aqui de sublinhar o contributo que recebemos da CDU em relação a este processo”, salientou Pedro Ribeiro.
A proposta apresentada é no valor de 34,5 milhões de euros, a pagar em 30 anos.
“Pretendemos, nesta proposta, que FAM signifique Fundo de Apoio Municipal e não Fundo de Asfixia Municipal. Procurámos, nesta negociação, tornar este município, do ponto de vista financeiro, sustentável mas não asfixiado, porque esta proposta prevê, em média, que possamos ter durante este período, um investimento de 1,1 milhões de euros. Não dá para muita coisa, é o máximo que a gente aqui conseguia aprovar. Mas não dando para muita coisa, dá para, pelo menos, cuidarmos da manutenção daquilo que é básico, cuidar da manutenção da rede viária, do espaço público, dos serviços básicos, na certeza de que toda aquela poupança gerada será canalizada para pagar dívida e para investimento”, resumiu Pedro Ribeiro.
A proposta deverá, ainda, sofrer alterações e, embora não necessitasse de ser deliberada pelos eleitos na Câmara Municipal, foi aprovada por maioria, com as abstenções do PSD e dos eleitos do Movimento Pelo Cartaxo.