A CDU concelhia reuniu no passado sábado, 5 de novembro, para fazer um balanço da situação do concelho, quando estamos a um ano de eleições, e para prestar contas do trabalho que tem sido desenvolvido pela coligação este mandato. Para o futuro é preciso “cativar pessoas”
Naquele que foi um encontro convívio para prestar contas do mandato, mas também para confraternizar, em volta de castanhas e água pé, o dirigente concelhio da CDU Cartaxo, José Barreto, diz que “há muita gente nova convidada para trabalhar no futuro”, quando há muita coisa por fazer no concelho do Cartaxo, nomeadamente no que diz respeito à reversão da união de freguesias. Para já, espera a visita do deputado eleito pelo distrito de Santarém para a Assembleia da República, António Filipe, às Extensões de Saúde do concelho do Cartaxo, depois do orçamento da Câmara Municipal para esta área ser abaixo do esperado pela coligação de esquerda.
José Barreto mantém-se confiante no futuro, com os contactos que tem mantido “com gente nova com vontade de trabalhar”, de modo a “reforçar a nossa força eleitoral nas freguesias”, assim como para “conseguir trazer um vereador para a Câmara, que faz toda a diferença”.
O balanço aqui feito pelos eleitos da CDU nos vários órgãos autárquicos do concelho é de que se vêm mantendo neste mandato com “condições de trabalho difíceis”. Délio Pereira, deputado na Assembleia Municipal do Cartaxo, diz que a CDU teve maior capacidade de trabalho em mandatos anteriores; “este mandato estivemos maniatados. A Câmara está refém da Lei dos Compromissos e a CDU também está sujeita e limitada com esta lei”. Mas se todos concordam com este argumento, também todos são unânimes na vontade de trabalhar mais ainda para as próximas eleições. “Temos um papel importante na busca de pessoas para as listas, as melhores pessoas para fazerem desta a maior força política do concelho”, acredita Délio Pereira.
Para Jorge Rosa, da Assembleia de Freguesia Cartaxo/ Vale da Pinta, “as coisas não mudaram muito de figura”, referindo que “há constrangimentos no poder que poderíamos ter na resolução dos problemas destas duas juntas”. Joaquim Carvalho, eleito para a Assembleia de Freguesia de Vale da Pedra, revela que “fomos confrontados com uma dívida de 2011” e com algumas situações menos corretas na gestão de uma freguesia, retorquindo que “podem não fazer caso, mas isso não nos impede de continuarmos a lutar pela melhoria desta freguesia”.
Por sua vez, Rogério Mendonça, eleito em Valada para a Assembleia de Freguesia, lembra que esta é uma freguesia com muita potencialidade, mas com alguns constrangimentos como a baixa natalidade e a asfixia financeira. O deputado mostra-se desiludido com a Assembleia de Freguesia, pela forma como os restantes membros “tratam a sua terra”, “não levam a sério a escola de Valada fechar, por exemplo”, admitindo que “é muito difícil trabalhar com estas pessoas”. Mas não pretende baixar os braços, até porque “o País também se encontra asfixiado há muito tempo e não é por isso que se deixa de lutar”.
Rodrigo Rodrigues, presidente da Assembleia de Freguesia Ereira/ Lapa, enfrenta também ele constrangimentos neste órgão autárquico, nomeadamente no que respeito ao orçamento disponível para esta da União de Freguesias, que é inferior ao orçamento destinado à freguesia da Ereira, quando ainda não existia a união das duas freguesias. Rodrigo Rodrigues diz ter pressionado a autarquia para obter um maior orçamento, assim como vem lutando para a reversão da união das freguesias.
Também José Batista, tesoureiro da Junta de Freguesia de Pontével, refere os constrangimentos existentes, nomeadamente financeiros, mas diz que tem conseguido fazer alguma coisa na freguesia. De Vila Chã de Ourique ficou a nota de que o eleito pela CDU para a respetiva Assembleia de Freguesia “não partilhava da nossa forma de trabalhar”, daí ter-lhe sido retirada a confiança política, porque “na CDU há um trabalho coletivo”, afirma José Barreto.