CDU contra 40 horas de trabalho

A bancada da CDU na Assembleia Municipal do Cartaxo apresentou uma moção contra o aumento do horário de trabalho dos trabalhadores da Câmara do Cartaxo, de 35 para 40 horas.

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Segundo a moção, a CDU não compreende o resultado financeiro efetivo para o município, lembrando que a “situação económica e financeira de endividamento da Câmara Municipal do Cartaxo não foi da responsabilidade dos seus trabalhadores, mas sim dos governantes socialistas que estiveram no poder e não souberam gerir as contas”. Além disso, diz o texto da moção, “estes trabalhadores, com a benesse de não fazerem horas extraordinárias, fazem-nas compulsivamente, ao aumentarem-lhes o horário de trabalho, sem a respetiva remuneração a que teriam direito”, entre outros pontos.

José Gameiro, do Movimento Pelo Cartaxo, lembrou que a implementação das 40 horas de trabalho representa um aumento de 14% nos horários de cada trabalhador, “que é muito superior àquilo que o executivo falou de redução de horas extraordinárias”. Por isso, questionou se se “pretende a diminuição das horas extraordinárias à custa dos trabalhadores a trabalharem de borla?”.

A este propósito, Pedro Ribeiro, presidente da autarquia, referiu que “sou defensor de haver um regime geral de trabalho, onde os trabalhadores públicos e os trabalhadores privados tenham o mesmo horário de trabalho, e compete, no meu entendimento, à Assembleia da República, ao legislador ou ao Governo, definir o horário de trabalho, para ser igual para todos. Eu acho que é assim que melhor se defende a igualdade entre trabalhadores. Chame-se 35 ou 40”. Pedro Ribeiro acrescentou, no entanto, que “temos um condicionamento de aplicar esta medida”.

A moção foi rejeitada com 14 votos contra.

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