Centro de Competências para o Tomate já funciona na Quinta das Pratas

Cartaxo, 27/07/2015 - Assinatura Protocolo do Centro Competencias do Tomate e Industria, Auditorio da Quinta das Pratas, Cartaxo ( Vitor Neno / Neno Photo )
Cartaxo, 27/07/2015 – Assinatura Protocolo do Centro Competencias do Tomate e Industria, Auditorio da Quinta das Pratas, Cartaxo
( Vitor Neno / Neno Photo )

Já está a funcionar e instalado na Quinta das Pratas, o Centro de Competências para o Tomate Indústria (CCTI), um organismo criado em Abril de 2014, através de um protocolo entre a Associação dos Industriais de Tomate (AIT), a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e o Ministério da Agricultura.
A cerimónia que marcou a assinatura do contrato de comodato entre a Câmara Municipal do Cartaxo e o CCTI, decorreu no Auditório Municipal da Quinta das Pratas e contou entre dezenas de convidados com a presença da ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas e deputados como Idália Serrão ou Vasco Cunha. Pedro Ribeiro, presidente da Câmara do Municipal, salientou na sua intervenção o papel decisivo do deputado Vasco Cunha, que é simultaneamente presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia da Republica e vereador da Câmara do Cartaxo, na escolha do Cartaxo para sede do CCTI. “Quero destacar” disse Pedro Ribeiro, “o trabalho desenvolvido nesta matéria pelo deputado e vereador Vasco Cunha, e expressar o profundo reconhecimento do concelho pelas diligências que efetuou para que o Centro de Competências para o Tomate Industria seja uma realidade hoje no concelho do Cartaxo”. Para o presidente da autarquia ““este é mais um passo na nossa afirmação de que o território rural não tem de ser conotado com um território subdesenvolvido. Basta verificarmos o que existe por essa europa fora, nomeadamente na europa do norte, em que a ruralidade é sinal de desenvolvimento sustentável, com emprego, e com produtos de alto valor acrescentado que acreditamos ter condições para instalar no nosso concelho”. Pedro Ribeiro referiu ainda “a importância da localização estratégica do concelho do Cartaxo” e aproveitou a ocasião para revelar que tem contactos “neste momento com o ISCTE para a instalação de outras áreas ligadas ao empreendedorismo no concelho do Cartaxo”. Talvez a pensar em todos os que têm estranhado a instalação do CCTI no concelho, dado haver zonas onde há maior concentração da indústria Pedro Ribeiro fez questão de referir que “temos em Vale da Pedra uma empresa do setor, a Campil, que a nível da produção de tomate, em 2013, estava nas 108 mil toneladas e que para este ano estima a produção em 181 mil toneladas, que significam, em dois anos, um aumento de 66% da capacidade de produção, isto num setor onde 95% do que é produzido é para a exportação o que demonstra a importância do setor na nossa balança externa”.
Pelo seu lado, João Santos Silva, responsável do CCTI, sublinhou que este é um “setor com desafios a nível internacional” pelo que a “ambição terá de ser a nível internacional”. Para tal, entre outras matérias o CCTI propõe-se fazer a “articulação de entidades nacionais e internacionais capazes de elevar o nível de conhecimento e promover a interação entre elementos do sistema e entre todas as entidades que possam promover a competência do tomate para a indústria”. Este responsável explicou ainda que o Centro pretende “trazer para a investigação e para o setor investigadores interessados em trabalhar nesta área e promover a sistematização de informação para práticas de agricultura de precisão”.
Para encerrar a sessão, a ministra a Agricultura confidenciou que ao tomar posse no ministério, percebeu que a primeira preocupação dos responsáveis do setor era a investigação “e a possibilidade de trazer a investigação e o conhecimento mais rapidamente para os campos”. Desta forma, Assunção Cristas revelou os objetivos do protocolo fundador do CCTI que, com ironia classificou como o “protocolo dos 10%”, já que prevê “conquistar, na segunda posição que já detemos, uma diferença inferior a 10% em relação à Califórnia, alargar em 10% o número em campanhas e reduzir em 10% os custos de campanha por hectare”. Para terminar, a ministra deixou expresso que a aposta na investigação tem em vista, além do aumento da produção e redução de custos, “a melhoria do valor nutricional do fruto e dos produtos transformados”.

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