Médicos e especialistas andam preocupados com uma nova prática sexual que parece ganhar cada vez mais adeptos. Chama-se Chemsex e consiste em fazer sexo nonstop sob o efeito de uma combinação de drogas e várias substâncias químicas, geralmente em festas que podem prolongar-se durante horas ou dias.
Segundo os especialistas, esta prática pode provocar sérios danos físicos e emocionais.
Segundo o British Medical Journal, os riscos associados à ingestão de uma mistura de drogas para ser possível ter sexo durante várias horas ou dias seguidos são uma questão de saúde pública.
As substâncias mais usadas pelos praticantes de Chemsex são a mefredona, cristais e GHB combinadas. Os cristais e a mefredona aumentam o ritmo cardíaco, a agitação sexual e impulsionam os estados eufóricos, ao passo que o composto químico GHB é um grande desinibidor e analgésico.
O objetivo passa por prolongar as orgias durante muito tempo, mas os riscos são vários. Desde logo, a possibilidade de serem contraídas doenças sexualmente transmissíveis como SIDA, gonorreia, sífilis ou hepatite C aumentam, e os efeitos negativos das drogas podem dar origem a problemas mentais associados à ansiedade, psicoses e tendências suicidas ou ataques de pânico.
Esta começou por ser uma prática essencialmente de homens homossexuais, mas parece ter-se generalizado.
Os especialistas mostram-se preocupados e frisam que quando alguém precisa de recorrer a substâncias para satisfazer as suas necessidades tem algum tipo de problema e deve procurar ajuda.