CIMLT apresenta Sistema de Avaliação e Resposta às cheias do Tejo

A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo apresentou, no final do passado mês de fevereiro, aos presidentes das câmaras municipais da Lezíria e do Médio Tejo, o projeto “Sistema de Avaliação e Resposta às Cheias na Lezíria do Tejo”.

O projeto, que teve início em agosto de 2017, visa o desenvolvimento de um sistema que apoie os agentes de proteção civil no aviso à população em situações de cheias no rio Tejo. Os levantamentos cartográficos, a instalação de sensores e o desenvolvimento do sistema serão compatíveis com o projeto que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está a desenvolver. Os sensores instalados são compatíveis com os da APA e irão transmitir dados para o programa SVARH, tal como os levantamentos cartográficos terão as mesmas características técnicas daqueles que vão ser executados pela APA para o resto do País.

De acordo com o comunicado da CIMLT, o projeto é composto por três componentes: elaboração do Modelo Digital de Terreno (MDT) e Levantamento Batimétrico do leito do rio Tejo; instalação de três sensores de nível submersíveis e o Desenvolvimento de uma Aplicação de Gestão e Monitorização do Risco de Cheias; e tipificação de Procedimentos de Mecanismos de Resposta a Cheias.

Este projeto irá possibilitar a utilização de ferramentas de análise territorial, de suporte à gestão e de apoio à decisão, tendo por base uma aplicação de gestão de risco de cheias, que irá receber e disponibilizar vários tipos de informação, nomeadamente cartografia, leitura em tempo real dos caudais, informação sobre os contactos da população afetada pelas cheias e base de dados do histórico de caudais no rio Tejo, entre outros.

O “Sistema de Avaliação e Resposta às Cheias na Lezíria do Tejo” está a ser elaborado no âmbito de uma candidatura aprovada pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) ao Eixo Prioritário 2 – Proteger o Ambiente e Promover a Eficiência dos Recursos, com uma comparticipação de 85% de Fundo de Coesão. O investimento total será de 262.968,50€, sendo a contribuição do Fundo de Coesão de 223.523,23€.

A candidatura corresponde geograficamente à área da bacia do rio Tejo, numa extensão de 91 quilómetros, de Abrantes (Médio Tejo) até Salvaterra de Magos (Lezíria do Tejo), área que foi selecionada tendo em consideração a linha de cheia de 1979 (a maior cheia ocorrida no rio Tejo). Os municípios com área de intervenção do projeto são: Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Cartaxo, Chamusca, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém (Lezíria do Tejo); Abrantes, Constância, Entroncamento, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha (Médio Tejo).

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