“Como em tudo, houve um início…”

Frederico Corado | Frederico Corado

Estou há três anos a trabalhar no Cartaxo, com a recém-formada Área de Serviço, na criação de espectáculos e vamos, dia 28 de Novembro, estrear a nossa 10ª produção. Em três anos, é obra…
Tudo começou quando o Zé Raposo me convidou a vir ajudar nas suas conversas mensais no CCC, fazendo vídeos que apresentam os seus convidados.
Mas, para mim, a ligação ao Cartaxo começou muito mais cedo. A forte amizade que ligava os meus pais ao João Maria Tudela fazia-me visitar várias vezes o Concelho e passear pela Lapa e quando, com 14 anos, decidi fazer o meu primeiro filme, foi ali que o filmei, entre a Lapa e a Ereira, com a colaboração do João Maria Tudela e da sua família, do Presidente da Junta, da sua filha Dora e da amiga Cremilde, que nos acompanharam todos os dias, e com a ajuda de todos os habitantes que viram naquele miúdo de 14 anos creio que a mesma loucura que hoje vêem no encenador. Foram esses habitantes, desde o barbeiro, o Sr. Hermínio Ricardo a todos os que entraram no filme, cederam as suas casas, etc, que me fizeram desde cedo apaixonar por este concelho. O meu filme, “A Estrela”, baseado num conto de Vergílio Ferreira, fez o seu caminho, mas acredito que é essa mesma Estrela que hoje me continua a acompanhar, essa Estrela que me fez voltar ao Cartaxo anos depois e ficar. Agora, com os espectáculos que estou a criar com a Área de Serviço, estamos a fazer todo um novo firmamento carregado de novas estrelas no Cartaxo. É para esse futuro que trabalhamos todos os dias, um futuro que, como todos, tem o seu passado.
(F. C. escreve na antiga ortografia)

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