Contas e processo Cartagua dominam última Assembleia do ano

Os eleitos na Assembleia Municipal do Cartaxo colocaram as divergências de parte e ‘sucumbiram’ ao espírito da época, na última reunião do órgão na quinta-feira, 20 de dezembro.


A Ordem de Trabalhos era extensa, mas o intervalo para retemperar forças foi aproveitado pelos eleitos para provar algumas das delícias natalícias dos estabelecimentos da terra: abafado, broas variadas, cartaxinhos, bolo-rei e bolo-rainha confortaram os estômagos, já que a noite se adivinhava longa. Afinal, a intervenção do público e o período antes da Ordem do Dia já tinham consumido mais de duas horas de trabalho.

Da Ordem de Trabalhos, os destaques vão para a deliberação sobre o Orçamento e Grandes Opções de Plano e para o relatório da ERSAR que, apesar de ser só para conhecimento, consumiu mais de duas horas de discussão, com constantes e acesas trocas de argumentos.

O Orçamento, que marca o arranque de um programa de regeneração urbana foi, na sua conceção, “um orçamento exigente”. destacou Pedro Ribeiro, presidente do Município, e “o mais difícil de fazer”.
O Orçamento acabou por ser aprovado por maioria, com 20 votos a favor (19 do PS e um do MIP) e sete contra (PSD, CDU e BE).

Mas o ponto mais quente foi mesmo o relatório da ERSAR sobre o contrato de concessão das águas, o “documento mais importante que até agora tivemos para analisar sobre o processo Cartágua”.

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Um contrato que apresenta diversas ‘nuances’ a considerar, como o facto de o 2º Adicional ter sido aprovado sem qualquer suporte técnico e que foi muito difícil reconstruir, uma vez que a Câmara Municipal não estava na posse de todos os elementos, garantiu Pedro Ribeiro.
As conclusões deste relatório levaram os eleitos do PSD a proporem a constituição de uma Comissão de Inquérito, em especial, ao 3º Adicional. Uma figura que não existe no Regimento da Assembleia Municipal do Cartaxo, explicou o presidente do órgão, Augusto Parreira, e que acabou chumbada pela maioria dos eleitos, apesar da proposta do eleito do BE de que fosse retirado o 3º Adicional do texto da proposta.

Com todas estas discussões, os eleitos acabaram por abandonar o edifício dos Paços do Concelho já muito perto das 3h da madrugada, cerca de nove horas depois do início da última sessão de 2018.

Notícia em desenvolvimento na edição impressa do Jornal de Cá, em banca no dia 4 de janeiro de 2019

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