Contentores lavados e coimas para quem suja

O tema da lavagem e desinfeção dos contentores de resíduos urbanos no Cartaxo volta à ordem do dia, com o presidente da Junta de Freguesia de Pontével a sugerir fiscalização, por parte da Câmara Municipal, e penalizações para quem não deposita convenientemente o seu lixo.

Tudo começou com a intervenção de uma munícipe na passada reunião da Câmara Municipal do Cartaxo, realizada no dia 21 de janeiro, que, entre outros assuntos, questionou se havia alguma “calendarização” do serviço, visto que os contentores na sua área de residência têm registado como última desinfeção dezembro de 2017.

Em resposta, o vereador com o pelouro do Ambiente, Pedro Nobre, informou que a limpeza “foi feita, em todo o concelho, entre meados de dezembro e terminou agora a 11 de janeiro”. Contudo, segundo explica, “nas primeiras intervenções, sobretudo no Cartaxo, a empresa que nos teve a fazer a lavagem dos contentores não tinha os autocolantes e, por isso, é que aparece a última referência da lavagem de contentores”. Ainda segundo o vereador, “estamos a iniciar o procedimento para fazer as lavagens regulares: bimensal no Cartaxo e de três em três meses nas outras freguesias”.

O presidente da Junta de Freguesia de Pontével, que também se encontrava na reunião para expor algumas questões da sua freguesia, aproveitou para dar a sua opinião relativamente a este assunto: “Independentemente de andarmos atrás do prejuízo, de três em três meses, a limpar os contentores, eu acho que a Câmara só o deveria fazer uma vez por ano, e devia-se educar as pessoas a porem os sacos do lixo atados dentro dos contentores”, considera Jorge Pisca, adiantando que “quando despejam a porcaria de cão com uma pá lá para dentro, podem lavar os contentores hoje e amanhã está a cheirar mal”. E ilustrando melhor a realidade, o autarca conta que “ainda hoje passei por contentores com estores e com tudo a sair para fora”, considerando que “tem de haver, por parte da Câmara, fiscalização e atuação, com coimas para quem não deposita o lixo doméstico devidamente no contentor. Encontramos galinhas mortas, cães mortos, e isto é grave”.

O vice-presidente, Fernando Amorim, em substituição de Pedro Ribeiro, que se encontrava ausente do País, deu “toda a razão” a Jorge Pisca, “porque, realmente, nós cruxificamos o erário público, mas esquecemo-nos de penalizar quem suja. Temos de fazer aqui uma ação de sensibilização para não sujar e temos que, realmente, limpar”, reconhece Fernando Amorim, ainda que interrompido por Jorge Pisca que voltava a reclamar “fiscalização!”

E, já agora, dizemos nós, exigência no cumprimentos efetivo dos serviços prestados pelas empresas contratadas pela Câmara Municipal; neste caso, atualizar a data da última desinfeção, depois de a efetuar, no respetivo contentor com os tais autocolantes informativos que, desta última vez, ficaram esquecidos.

Isuvol
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