Nunca é demais lembrar que as medidas “extraordinárias e de caráter urgente” em resposta à situação epidemiológica do novo coronavírus, entretanto tomadas, devem ser respeitadas por todos e que cada um de nós pode fazer a diferença na tentativa de conter esta epidemia.
Parte da solução para este problema passa, literalmente, pelas nossas mãos, que devem ser bem lavadas, com frequência, ao longo do dia, assim como se pode recorrer ao álcool ou gel desinfetante, caso não tenha acesso a água e sabão. Nestes dias exige-se também alguma distância social, evitando contactos próximos com outras pessoas, por muito amigas que sejam, assim como a permanência em locais fechados com muita gente.
O alarme generalizado devido ao coronavírus levou a ruturas do stock de álcool e gel desinfetante, em farmácias e supermercados, mas Paulo Rodrigues disse ao Jornal de Cá que a Farmácia Abílio Guerra, no Cartaxo, está a produzir esse gel e a disponibilizá-lo, ainda que em quantidades limitadas, por cliente.
Paulo Rodrigues, que lembra a importância do reforço imunológico com vitamina C, entre outros, diz ainda ter máscaras de proteção em stock, mas apenas para venda a profissionais de saúde, assim como para casos suspeitos de infeção.
No atendimento ao público, o responsável pela Farmácia Abílio Guerra admite o uso de máscara, assim como vê como indispensáveis luvas de proteção.
Direção-Geral da Sáude informa:
O novo coronavírus, designado SARS-CoV-2, foi identificado pela primeira vez em dezembro de 2019 na China, na cidade de Wuhan. Este novo agente nunca tinha sido identificado anteriormente em seres humanos. A fonte da infeção é ainda desconhecida.
A COVID-19 transmite-se por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus, ou superfícies e objetos contaminados. Esta doença transmite-se através de gotículas libertadas pelo nariz ou boca quando tossimos ou espirramos, que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo. As gotículas podem depositar-se nos objetos ou superfícies que rodeiam a pessoa infetada. Por sua vez, outras pessoas podem infetar-se ao tocar nestes objetos ou superfícies e depois tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos.
Sintomas
Se estiver com febre, tosse ou dificuldade respiratória e tiver estado em contacto com uma pessoa infetada por COVID-19, ou tiver regressado recentemente de uma área afetada, deve ligar para o SNS24 (808 24 24 24). Após este contacto e validação da história clínica, os profissionais de saúde irão determinar se é necessário ser testado para COVID-19.
A maioria das pessoas infetadas apresentam sintomas de infeção respiratória aguda ligeiros a moderados:
Febre (T>37,5ºC)
Tosse
Dificuldade respiratória (Falta de ar)
Em casos mais graves pode causar pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos, e eventual morte. Contudo, a maioria dos casos recupera sem sequelas.
As pessoas que correm maior risco de doença grave por COVID-19 são os idosos e pessoas com doenças crónicas (ex: doenças cardíacas, diabetes e doenças pulmonares).
Se tiver risco de doença grave por COVID-19, deve tomar precauções diárias, mantendo a distância de outras pessoas; afastar-se de pessoas doentes quando sair; limitar o contacto próximo; lavar frequentemente as mãos; evitar multidões.
Higiene e etiqueta respiratória
Nas áreas afetadas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda medidas de higiene e etiqueta respiratória para reduzir a exposição e transmissão da doença:
• Medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e a boca quando espirrar ou tossir, com um lenço de papel ou com o antebraço, nunca com as mãos, e deitar sempre o lenço de papel no lixo;
• Lavar as mãos frequentemente. Deve lavá-las sempre que se assoar, espirrar, tossir ou após contacto direto com pessoas doentes. Deve lavá-las durante 20 segundos (o tempo que demora a cantar os “Parabéns”) com água e sabão ou com solução à base de álcool a 70%;
• Evitar contacto próximo com pessoas com infeção respiratória;
• Evitar tocar na cara com as mãos;
• Evitar partilhar objetos pessoais ou comida em que tenha tocado.
Uso de máscara só para infetados e cuidadores
De acordo com a situação atual em Portugal, não está indicado o uso de máscara para proteção individual, exceto se se tratar de suspeitos de infeção por COVID-19 ou pessoas que prestem cuidados a suspeitos de infeção.
A Direção-Geral da Saúde não recomenda, até ao momento, o uso de máscara de proteção para pessoas que não apresentam sintomas (assintomáticas). O uso de máscara de forma incorreta pode aumentar o risco de infeção, por estar mal colocada ou devido ao contacto das mãos com a cara. A máscara contribui também para uma falsa sensação de segurança.