Já são conhecidos os apoios extraordinários que o governo vai conceder aos municípios sob resgate financeiro, no âmbito da pandemia.
O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara Municipal, Pedro Ribeiro, na reunião dos eleitos da passada segunda-feira, 18 de maio.
Assim, “da parte do governo, felizmente, até houve maior abertura. Em vez dos juros (proposta dos vereadores do PSD, em carta à ministra), foi o capital. É claro que nós pedimos tudo, mas sabemos que não foi possível nas conversações com a Direção-Geral do Tesouro”, explicou o autarca. Quer isto dizer que, “para este ano, não sendo perdoado o capital, uma vez que a verba vai ser amortizada nos próximos 27 anos, mas o Município tem aqui uma capacidade reforçada, tal como todos os municípios FAM, com 1.486.000 euros, para, acima de tudo, reforçar investimento. Não vou dizer que seja a totalidade, porque acho que o processo deve ser participado”, realçou Pedro Ribeiro.
Nesse sentido, “fiz uma ronda por todos os presidentes de junta para preparar este plano de intervenção municipal, onde a perspetiva do governo, e também a nossa, é que possamos relançar o investimento e, por via do investimento, a economia”, sem perder de vista o “fundo de emergência social, naquilo que temos de assegurar de proteção social e de coesão no nosso território”, face ao previsível aumento do desemprego e da carência nas famílias, “e também podemos dar um suporte complementar ao trabalho da Segurança Social, ao nível do associativismo podermos contemplar alguma verba para dar apoio. Nos próximos tempos, “pretendemos auscultar todas as forças políticas e os parceiros sociais”, sublinhou.
Para já, “e penso que haverá, no nosso concelho, um largo consenso em relação àquilo que são as obras prioritárias”, o investimento passará “pela requalificação das nossas vias e espaço público, de apoio às infraestruturas económicas. Mas é nossa intenção trabalhar com todas as forças políticas”, que já apresentaram propostas. “Acho que isto não deve ser o plano apenas de quem governa a Câmara Municipal, independentemente de termos maioria absoluta, mas deve ser um plano de investimento que possa contemplar propostas consensualizadas entre todos os intervenientes na causa pública do nosso concelho”, finalizou Pedro Ribeiro.