Uma onda de indignação gerou-se, esta semana, nas redes sociais após o corte da frondosa amoreira existente no Largo do Matadouro no Cartaxo, mas tudo terá ocorrido dentro da lei.
Muitos recordam a criação de bichos-da-seda, na infância, alimentados com as folhas daquela árvore, outros recordam a beleza da antiga amoreira e a sua sombra e, esta semana, o morador da casa em frente acabou por cortá-la.
Ao que parece há registos de que há algum tempo aquele morador se vinha queixando na junta de freguesia que “a árvore lhe estava a partir a casa” e que a mesma lhe condicionava a entrada em casa, para além de que a árvore estava a rachar-se ao meio, apresentando algum risco de tombar para cima da casa. Os serviços municipais nunca lá foram cortar a árvore e o morador pediu e teve autorização para cortar a árvore do espaço público.
Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, existe um relatório da Proteção Civil, que esteve no local no verão de 2021, que “atesta que as raízes estavam dentro da entrada e da garagem daquele morador e cumpriu-se a lei”, porque quando as árvores põem em causa a segurança das pessoas a lei permite o abate das mesmas, justifica Pedro Reis.
“Agora a questão emocional e afetiva o município não consegue resolver”, reconhece o autarca, adiantando que aquele espaço vai ser requalificado, ainda antes do verão, com duas árvores, bancos novos (dois dos que lá estavam desapareceram), e um ecoponto, que já estava previsto para aquele local.