Das redes sociais para a livrarias

Maria Cunha e Silva falou com o Jornal de Cá sobre o seu livro ‘Um dia do nosso para sempre’

Foi no Jardim das Letras da Biblioteca Marcelino Mesquita, no Cartaxo, que Maria Cunha e Silva se encontrou com o Jornal de Cá para falar do seu livro ‘Um dia do nosso para sempre’.

Maria Cunha e Silva é uma jovem de apenas 20 anos, residente em Pontével, que recentemente publicou o seu primeiro livro.

Presentemente, a estudar Jornalismo em Inglaterra, a aventura da escrita começou bem cedo na sua vida. Nascida em Santarém, em 1998, começou a escrever logo na escola primária, paixão que foi conjugando com a da leitura. “Acho que desde que comecei a escrever a escrita teve um papel muito importante na minha vida, e aos 16 anos escolhi começar a partilhar os meus textos com o público, criei uma página no Instagram, e as coisas acabaram por surgir assim”, explica.

Maria conta que só aos 16 anos é que começou a escrever diariamente. Daí a tornar os seus textos públicos, no Instagram, foi um pulinho. Criou um perfil e rapidamente os seguidores chegaram a números que despertaram a curiosidade da Cultura Editora, que lhe lançou um convite para que escrevesse um livro. Paralelamente, Maria Cunha e Silva criou perfis nas outras redes sociais, Facebook e Twitter, que também alimenta com os seus textos.

Com mais de 31 mil seguidores no Instagram, Maria confessa que “nunca pensei que o Instagram me desse oportunidade de concretizar um dos meus sonhos, que era publicar um livro. Tudo acabou por ser quase de brincadeira e agora está cada vez mais sério”. Até porque “eu sempre tive o sonho de ser escritora, sempre quis publicar um livro. Também escrevia pequenos livros, quando era mais pequenina. Nunca pensei que conseguisse fazê-lo tão cedo”.

 

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‘Um dia do nosso para sempre’ “conta a história de um primeiro amor. Eu publico, diariamente, vários textos, mas isto é um romance, é dividido por vários textos mas que contam uma história”, explica a autora, adiantando que “são dez capítulos, cada capítulo conta uma fase da relação das duas personagens, onde não são revelados os nomes. E é de propósito, não são revelados os nomes para que o leitor consiga sentir a intensidade da história, esteja focado só na intensidade com que as personagens vivem este primeiro amor”.

Apesar de garantir que este não é um livro auto-biográfico, Maria Cunha e Silva diz acreditar que “tanto aquilo que eu vejo como aquilo que eu vivi, é com elas que eu também consigo escrever, mas não é, de todo, a minha história que está contada neste livro”. O livro “tem uma história que não é a minha”.

Ainda que tenha optado por se apresentar com um livro de prosa, “eu acabo por ler muita poesia, a minha escritora preferida é a Florbela Espanca. Desde sempre que sou apaixonada por ela, acho que foi a partir dela que a escrita acabou por me acompanhar, e ela acompanhou-me, também, pela escrita”. E as aptidões da autora para a escrita não se ficam pela prosa, já que “também escrevo poesia. Não é tão comum, mas tenho publicado alguns textos de poesia”.

Para já, e apesar de o livro ter sido lançado recentemente, a 19 de julho, a recetividade não poderia ser melhor. “Acho que tem sido incrível, para um primeiro livro, porque eu nunca pensei que as pessoas que eu não conheço, não só apenas os meus seguidores, tivessem a vontade de ler algo meu que nunca foi publicado, que é um primeiro livro, que não podiam ver o que era, e que também era diferente, porque acaba por ser uma história, nunca escrevo uma história do início ao fim, na minha página do Instagram. Estou mesmo muito feliz”.

Um livro que agrada a todas as faixas etárias, “porque quem não viveu o primeiro amor acaba por sentir que o quer viver, aquela intensidade, quem já o viveu consegue recordar-se, nestas páginas, o que é ter vivido o primeiro amor. E quem o está a viver também consegue sentir tudo isso”, salienta Maria.

Garantindo que “neste momento, só estou focada no lançamento deste”, a autora confessa já ter mais dois livros escritos. “Depois, logo se vê se vêm ou não, quando é que vêm, mas já tenho mais dois escritos e acabo por estar sempre a escrever”.
O livro está à venda nos locais habituais e também nas páginas da autora nas redes sociais.

Isuvol
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