O concelho do Cartaxo regista mais 50 por cento de desempregados do que em igual período de 2019, principalmente, como resultado da pandemia, revelou Fernando Amorim, vice-presidente da Câmara Municipal e responsável pelo pelouro da Ação Social na reunião dos eleitos realizada na segunda-feira, 20 de julho.
Ainda antes de Fernando Amorim revelar estes números já a vereadora socialista Elvira Tristão (que até há menos de um mês tutelou a Ação Social na autarquia) tinha deixado o alerta que “o trabalho do Gabinete de Inserção Profissional tem que ser mais reforçado naquilo que é a sua ligação à área do Empreendedorismo. Tem de fazer esse caminho, não pode ser uma unidade orgânica a depender, maioritariamente, da área da Ação Social”, a propósito da “anunciada insolvência” da Fleximol. “Esta espada sobre os trabalhadores da Fleximol não é de agora”, relembrou.
O aumento do número de desempregados e a situação da Fleximol “é uma situação que nos preocupa e o reforço deste Gabinete tem de ser uma realidade para o futuro, para acompanhar estas pessoas e empresas”, destacou Fernando Amorim.
A situação difícil da empresa afeta dezenas de famílias, lembrou a vereadora Ana Bernardino (PS), que considerou que “é fundamental começar a pensar-se já num plano social com alguma estrutura, porque o pior pode mesmo acontecer, e nós vamos ter aqui um problema social bastante grave”.
Também o vereador Jorge Gaspar (PSD/NC) considerou que este é um problema “bastante grave”, lembrando que “no Cartaxo há muitas outras empresas que atravessam inúmeras dificuldades. Não nos deixemos iludir com a circunstância de agora ser uma média empresa, com cerca de cem trabalhadores, aquela que está em grandes dificuldades”. Por isso, “a subida do desemprego não vem da Fleximol, ainda”.
Recorde-se que a situação da Fleximol está a preocupar o PCP Cartaxo que já declarou a sua oposição ao encerramento da empresa e o presidente do Município Pedro Ribeiro, já pediu a intervenção do governo nesta matéria.