Desigualdades que não ficaram no século passado

Por Matilde Freire, aluna do 11ºF (Artes) da Escola Secundária do Cartaxo

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada há setenta e seis anos e, mesmo assim, parece que não é tempo suficiente para que seja posta em prática. Obviamente, desde 1948 muitos progressos foram feitos e muita coisa se alterou para melhor, mas ainda existem muitos direitos vitais que continuam a ser colocados de parte na sociedade do século XXI.

Vivemos numa sociedade desigualitária onde existe uma enorme diferença nas condições de vida dos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento. No que toca ao ensino, a discrepância é enorme. Se, por um lado, temos uma Europa tecnológica e avançada ao nível educacional, temos África sem escolas ou com escolas com muito poucos recursos. Se, por um lado, temos uma Europa com alunos que têm um total desinteresse nas aprendizagens, temos África com alunos interessados, mas sem a possibilidade de aprender.

No que toca à guerra, que pensávamos ter ficado no século passado, vivemos uma época de lutas, violências e fanatismos que parecem não ter fim. Quando vemos a luz ao fundo do túnel e temos esperanças que terminem, rapidamente acontece outro conflito. Estas situações só fazem com que as diferenças venham ao de cima e que as pessoas fiquem sem condições mínimas de sobrevivência.

Todos nós aspiramos a um futuro melhor e com condições dignas, mas a verdade é que pouco fazemos para que essa seja a realidade, apesar dos esforços por parte da ONU e da União Europeia. O mundo com condições dignas para todos continua distante, mas acredito que, se nos empenharmos e começarmos por objetivos simples e tangíveis, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a contribuição para que os Direitos Humanos sejam colocados em prática, podemos ter um mundo melhor que albergue o futuro dos jovens, que está altamente em risco.

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