Despedida solene a Hélder Travado

Presidente da Câmara destacou a sua importância no concelho do Cartaxo, assinalando a unanimidade com que todas as forças políticas o reconheceram

Dezenas de pessoas de diferentes áreas da sociedade e de diferentes quadrantes políticos quiseram dizer o último adeus a Hélder Travado, que morreu na passada quinta-feira (20 de abril) e esteve em câmara ardente no Salão Nobre dos Paços do Concelho e de onde, no sábado, às 13h, saiu para em direção ao cemitério da Póvoa de Santa Iria.

Antes da saída do cortejo fúnebre, houve um momento solene de homenagem, que contou as intervenções de Délio Pereira, da CDU, que lembrou o “homem revolucionário” que foi Hélder Travado e salientou “o seu contributo e bom exemplo na sociedade”; do presidente da Assembleia, Gentil Duarte, que destacou “o seu contributo como ser humano, um enorme, ser humano”; e do presidente da Câmara Municipal, Pedro Ribeiro, para quem Hélder Travado foi “uma das figuras mais importantes do nosso concelho, que nesta casa [Câmara Municipal] cultivou uma grande proximidade às pessoas, aos trabalhadores. Um homem a quem esta terra muito agradece”. Pedro Ribeiro lembrou ainda “o homem generoso, leal, com um sentido de humor muito próprio e que levou a sua vida com as suas convicções ideológicas” e que “todas as forças políticas foram unânimes pela forma como o reconheceram”

José Raúl, filho do ex-autarca, fez um discurso emocionado, com palavras de gratidão em nome da família e amigos, agradecendo ainda a todos que o acompanharam nesta “cerimónia bonita de despedida, onde o meu pai ficou sempre ligado”, lembrando o homem para quem era verdadeiramente importante “o combate pela justiça”.

Hélder Travado, presidente da Comissão Administrativa do Concelho do Cartaxo no pós-25 de Abril (1974-1976), faleceu, aos 88 anos, no Hospital Distrital de Santarém. A Câmara Municipal do Cartaxo decretou três dias de luto municipal em homenagem sua à memória.

Topógrafo, primeiro, e depois professor de Geografia, viajou pelo mundo, viveu e trabalhou em Angola, Moçambique e Cabo Verde.

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Comunista, para além de presidente da Comissão Administrativa, foi também vereador (1989-1996), mas o seu nome fica indubitavelmente ligado ao Cartaxo como o homem que abriu caminho à realização das primeiras eleições democráticas no concelho.

Em entrevista ao Jornal de Cá, há dois anos, disse: “Não gosto desta política que se faz agora”. Leia aqui toda a entrevista.

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