Cada vez mais pais estão atentos ao desenvolvimento da fala e da linguagem, e à sua relação com as dificuldades na aprendizagem, procuram pistas e sinais de alerta que podem ajudar a entender qual a altura certa para fazer um despiste.
Aos 3 anos, a fala deve ser minimamente percetível, apesar de a criança omitir sons e partes de palavras, diz o nome de objetos familiares, faz e compreende questões como “onde está”, “quem é”, “o que é”; tem noções como atrás, à frente, e conhece as cores principais. Nesta fase deve-se estar alerta para a construção de frases, se é imatura apenas com duas palavras ou é inexistente.
Aos 4 anos, a criança produz a maioria dos sons, diz muitas palavras de forma correta, percebendo-se bem o que diz. Consegue contar o que aconteceu, dizer o nome, idade, sexo, partes do corpo. Responde a perguntas simples, mantém o tema de uma conversa.
O alerta vai para a não compreensão de acontecimentos, a dificuldade em iniciar ou manter uma conversa simples, se a fala ainda não se percebe bem, se constrói mal as frases ou omite palavras e sons, ou se o discurso utilizado não tem sentido.
Aos 5 anos, os sinais de alerta existem se não estão desenvolvidas na criança: o saber que são e para que servem os objetos que a rodeiam, conhecer opostos (ex: gordo/magro). Pedir explicações sobre novas palavras e acontecimentos.
Formar frases com mais palavras e utilizar mais verbos e adjetivos. Compreender situações humorísticas simples, rir ou questionar quando ouve uma frase sem sentido. Iniciar e manter uma conversa sobre vários temas, contar histórias, falar corretamente embora possa ainda dizer palavras como “baço”, em vez de braço. Situações como estas, são muitas vezes associadas à imaturidade da criança e arrastadas até à entrada para a escola, na esperança que entretanto tudo fique resolvido.
Quando há dúvidas é sempre aconselhável realizar um despiste,no qual são definidas formas de atuar que, em alguns casos, podem passar apenas por dar algumas indicações aos pais.