Paulo Caldas sai de cena rodeado de polémica mas com pompa e circunstância, depois de 12 anos com funções executivas. Deixou obra, gastou o que não tinha e em 2011, já com o colapso financeiro à vista renuncia ao cargo a favor de Paulo Varanda que deixa a Câmara em agonia. Sucede-lhe Pedro Ribeiro que promete “restaurar os laços de confiança com os credores”. No primeiro mandato consegue arrumar a casa e “tirar a corda do pescoço”. Por saber está ainda se consegue ir mais além do que manter a Câmara operacional. O futuro o dirá!
Em 2009, no mundo, abriram-se novas perspetivas, com a tomada de posse de Barack Obama, o primeiro presidente afro-americano, nos Estados Unidos da América. Os seus discursos empolgaram o mundo (quem não se recorda do ‘Yes, we can’?), bem como as medidas que defendia (fim da intervenção norte-americana no Iraque, o Obamacare, tratados de controlo de armas com a Rússia, entre outras). Ainda nos Estados Unidos, falecia o ídolo pop Michael Jackson.
Na europa, Angela Merkel foi reeleita chanceler da Alemanha; o Real Madrid comprou Cristiano Ronaldo ao Manchester United por 94 milhões de euros, o que fez desta a mais cara transação de sempre, até então, no futebol; e a Gripe A dominava todas as preocupações.
No País, o eleitorado deu a vitória ao Partido Socialista nas autárquicas, que se realizaram a 11 de outubro, pintando o País de rosa. Aliás, até aí, este foi o resultado mais expressivo alcançado pelos socialistas, que conquistaram um total de 132 câmaras municipais (este número havia de aumentar em 2013, com a conquista de 149 câmaras, 120 das quais com maioria absoluta).
O governo, minoritário, tinha sido eleito em 27 de setembro desse ano, e era liderado pelo socialista José Sócrates. Mas a sua existência foi curta, dado que Sócrates pediu a demissão do cargo em 23 de março de 2011, na sequência ao chumbo do PEC IV (Programa de Estabilidade e Crescimento), tendo-se mantido em funções de gestão até à tomada de posse do novo governo, em junho de 2011.
No Cartaxo, apesar de ter mantido os quatro eleitos (Paulo Caldas, Paulo Varanda, Rute Ouro e Pedro Gil), o PS, com Paulo Caldas à cabeça, perdeu cerca de oito pontos percentuais, passando de 55,66 por cento em 2005 para 47 por cento em 2009. Os restantes eleitos foram Paulo Neves e Pedro Reis (PSD) e Mário Júlio Reis (CDU).
O mandato começou dominado pelos tapumes colocados na Praça 15 de Dezembro, no final do mandato anterior, com vista à realização das obras do Parque Central.
Última parte da reportagem sobre o Poder Local no Cartaxo para ler na edição impressa de agosto do Jornal de Cá.
Já nas bancas do concelho do Cartaxo!