Edição de janeiro

Chegámos a 2022 com as mesmas dúvidas e incertezas que já tínhamos há um ano, se bem que por essa altura a vacina contra a covid-19 trazia alguma esperança para uma vida mais “normal”. Este ano, mesmo com a vacina a contribuir para menos casos de doença grave e menos mortes pela doença, continuamos reféns de um vírus que teima em largar-nos e nos mantém privados das nossas liberdades, dos nossos direitos e até dos nossos deveres.

E se, na primeira linha, é a saúde pública a mais afetada por esta pandemia, não só em termos da infeção pelo SARS-CoV-2, mas pelos danos ao nível da saúde mental, temos depois os efeitos na economia que começam a ser cada vez mais visíveis. Há setores da economia que vêm sendo mais afetados, desde o início da pandemia, mas dois anos passados, outros tantos setores começam a mostrar fragilidades, tendo em conta a falta e o aumento das matérias-primas, o aumento dos combustíveis, que ainda são o motor da nossa economia, entre outros fatores que abalam várias áreas de negócio em todo o mundo e que, no fim da linha, esvaziam a carteira do consumidor.

Começamos, portanto, um ano com muitas incertezas, receios e desafios. Mas começamos um ano com eleições, com a possibilidade de escolher se queremos manter as políticas que temos para o País ou, por outro lado, mudar. Sendo certo que nenhum dos candidatos vá salvar a pátria, sempre é melhor que cada um de nós deposite o seu voto de confiança em quem mais acredita e em quem poderá trazer alguma esperança a um país tão desacreditado, mas com tanto para dar. Apelamos, por isso, ao voto nas eleições legislativas do próximo dia 30 de janeiro, pois cada voto conta. E tratando-se de uma escolha em quem nos vai governar nos próximos quatro anos, vale a pena a deslocação à urna de voto, não deixando nas mãos de terceiros o que pretendemos para o nosso futuro.

Os nossos votos são que os nossos leitores continuem a ser livres de escolher, e a todos desejamos um bom 2022.


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