O novo edifício que o executivo municipal planeia erigir frente à Escola do Centro, no Cartaxo, para albergar uma Loja do Cidadão está a dividir opiniões entre a população e os próprios agentes políticos. Opõe-se quem acha que poderia ter sido ponderado outro local, quem prefere ver investimentos na rede viária e ainda aqueles que gostam mesmo é de se opor.
O que muitos se esquecem é que este, como os anteriores executivos, foram eleitos para gerir e decidir sobre os destinos do concelho. Muitos outros esquecem-se que o município está sob resgate do Fundo de Apoio Municipal (FAM), sem grande margem de manobra para projetar obras, nomeadamente na rede viária, sem apoios comunitários. Nestas condições, há que aproveitar o que há disponível, em termos de fundos, para trazer melhorias Cartaxo e deixar a sua marca de governação.
Podia ser diferente? Podia, mas quem está a gerir o concelho encontrou esta solução e planeou a candidatura à Loja do Cidadão como achou melhor e tem poder para tal. Não agrada a todos, mas como sabemos não se pode agradar a gregos e a troianos. Sabemos que, a ser aprovada a candidatura, os serviços de finanças, de segurança social e de registo notarial passam a estar mais acessíveis, e não deixam de estar centrais, para além de aliviarem o espaço onde se encontravam anteriormente, nomeadamente no edifico da Câmara Municipal e no tribunal. Sabemos, também, que vamos ter mais um espaço verde no centro da cidade, com uma passagem pedonal entre as duas artérias que ladeiam a Escola do Centro e assim se promove um maior dinamismo àquela zona. E sabemos ainda que o financiamento cobre a quase totalidade do projeto.
Por outro lado, prevê-se mais movimento de carros na zona, o que poderá perturbar alguns moradores, que a esta altura também já pensam nas dores de cabeça das obras que vão ter de enfrentar durante meses. Ninguém gosta de obras à porta e todos sabemos o transtorno que realmente causam, mas por agora o que se pode desejar é que, caso a obra avance, pelo menos, fique bem feita.
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