Cerca de seis meses depois da tomada de posse do novo executivo na Junta de Freguesia de Vila Chã de Ourique, os elementos eleitos na Assembleia de Freguesia ainda não têm acesso às contas na sua totalidade.
Disso mesmo foi dado nota na Assembleia da passada sexta feira. O ponto um da Ordem de Trabalhos dizia respeito à “Apreciação de informação escrita sobre a atividade e situação financeira da Junta de Freguesia”, mas os eleitos ficaram impedidos de o fazer, já que nem todas as despesas e receitas estão devidamente espelhadas nos documentos.
Segundo Carlos Albuquerque, tesoureiro da Junta, estas “omissões” devem-se ao facto de ainda não ter sido possível ao atual executivo transpôr todos os dados para o novo programa de faturação. “Só no fim de atingirmos a mesma data, quer nas receitas quer nas despesas, é que aquilo fica tudo automático”, explicou Carlos Albuquerque.
Este trabalho é necessário, adiantou, porque de outra forma, ao final do ano, só iriam constar documentos a partir da data de tomada de posse, ou seja, a partir de março. “Neste momento, só não está atualizado por causa disso”.
Nesta altura, diz Carlos Albuquerque, “a receita está em dia. A despesa não está em dia porque não temos tempo para fazer os lançamentos”.
“Ainda esta semana reunimos aqui com a senhora dos correios, porque é insuportável trabalhar assim”, acrescentou o tesoureiro. Segundo Carlos Albuquerque, “há dias em que a funcionária só se senta ao computador por volta das 11h30, 11h45. Enquanto que o trabalho dos correios deveria ser um acréscimo, é ao contrário, e isso está a prejudicar o trabalho”.
“Combinei com a funcionária que vamos trabalhar aos sábados e aos domingos, para ver se no fim do mês de outubro está tudo pronto. Eu quero tudo pronto e começar a trabalhar no novo Orçamento em novembro”, realçou Carlos Albuquerque.
Outro dos assuntos em destaque nesta Assembleia de Freguesia foi a auditoria ao anterior mandato, com diversos fregueses a questionarem os eleitos na Junta sobre o andamento do processo.
Segundo o presidente do executivo, Vasco de Sousa Casimiro, esta auditoria está em fase de conclusão, faltando apenas alguns ajustes e o respetivo relatório.
A auditoria foi adjudicada à Martins Pereira, João Careca e Associados por 7.600€ mais IVA, e vai abranger o mandato 2009/2013.