mundo novo | Miguel Ribeiro
Com quatro milhões de smartphones, só em Portugal, entende-se a razão de todas as pessoas gostarem de tirar fotografias, fazer vídeos, guardar momentos para mais tarde recordar. Muitos desses momentos são para partilhar com outras pessoas, outros são privados, contudo, queremos ser nós a decidir o que partilhamos e a quem mostramos.
Mas nem sempre temos a segurança necessária, de que o que fazemos com os nossos equipamentos tecnológicos se mantém privado, isto porque vemos cada vez mais notícias de pessoas que pensavam que as imagens privadas delas estavam seguras e mais tarde vieram a descobrir que afinal não estavam.
Atualmente é muito difícil termos garantias de que o que temos nos nossos equipamentos não possa ser acedido por terceiros, para evitarmos que isso aconteça temos que ter alguns cuidados extra.
Guardar fotos e vídeos pessoais nos telemóveis ou computadores não é o mais seguro pois a maioria das passwords utilizadas são fracas e muito fáceis de descobrir, e isto através de métodos que nem sempre envolvem programas informáticos.
Um dos métodos mais utilizados por pessoas mal-intencionadas que pretendem aceder a ficheiros privados chama-se Engenharia Social, este tipo de ataque informático, passa por interagir com uma pessoa na tentativa de ela própria fornecer os seus dados de acesso às suas contas, sem a mesma se aperceber disso.
Com quatro milhões de pessoas nas redes sociais, só em Portugal, essa comunicação hoje em dia é fácil. Um exemplo deste método de ataque é utilizando as perguntas de segurança, quando colocamos nas perguntas de segurança para recuperação de um email, por exemplo, a cidade onde nasceu, é provável que tenhamos escrito a resposta a essa pergunta de segurança, nas redes sociais, ou se a pessoa mal-intencionada se passar por um serviço que precise dessa informação, basta um telefonema ou email, para conseguir a resposta pretendida. Portanto aceder aos equipamentos não é assim tão difícil.
O melhor local para guardamos ficheiros privados é num disco externo, porque só o utilizamos quando é preciso e desligado ninguém consegue aceder. No futuro vamos querer fazer o que nunca foi possível antes, com fotos e vídeos, vamos poder recordar gerações de uma maneira diferente, mas queremos que isso aconteça em segurança.