A limpeza de ruas e espaços públicos na cidade tem sido o ‘calcanhar de Aquiles’ do atual executivo.
A incapacidade dos serviços para manter limpos os espaços em que todos circulamos é indesmentível, e a situação tem mesmo vindo a agravar-se.
Passeios em que circular parece quase um safari, tal a dificuldade de encontrar locais onde possamos colocar os pés em segurança, zonas de lazer onde proliferam ervas secas e castanhas e que nos fazem lembrar verdadeiros matagais, com os correspondentes insetos, como pulgas e carraças… Um sem número de situações que lamentamos ter de aqui apontar.
Desde a circular urbana, passando pelas mais recentes urbanizações da cidade (Correias, Santa Eulália, Cabreira), pelas zonas mais antigas, como a Ribeira, ou no coração do Cartaxo, de que a Urbanização do Quintalão é um bom exemplo do desmazelo a que esta terra foi votada, as ervas não dão tréguas. Invadem passeios, bermas e crescem à frente das portas.
O Jornal de Cá vem questionando os responsáveis autárquicos sobre este assunto desde julho de 2017. Desde então, a Câmara Municipal reconhece este problema, apontando a falta de meios financeiros, humanos e legais para esta realidade. Ou seja, nada mudou de 2017 a 2019.
É recorrente ouvirmos nos cafés que o Cartaxo nunca esteve tão sujo. Quem o diz são os moradores de sempre, que já não reconhecem a terra limpa e agradável de outros tempos. Já para não mencionar o Cartaxo contado por Almeida Garrett, nas suas Viagens pela minha terra: “É das povoações mais bonitas de Portugal, o Cartaxo, asseada, alegre; parece o bairro suburbano de uma cidade.”
Pois é. Este Cartaxo já há muito não existe. O que existe, hoje, é o Cartaxo das ervas nos passeios, do lixo no chão – que não é culpa da autarquia, mas sim da falta de civismo de muitos, e do descontentamento pelo esplendor perdido na voragem dos tempos…