No último número do Jornal de Cá noticiou-se a sensação de falta de segurança que grassa pelo Cartaxo. Não se podendo afirmar que esta é uma terra insegura, a realidade é que nos últimos anos tem havido uma crescente sensação de que vivemos cada vez mais inseguros. Continuo a acreditar que numa altura de grave crise económica como a que vivemos, prevenir é mais importante que remediar e, que tudo se deve fazer para pugnar pela segurança do Cartaxo.
Uma das formas de prevenir a criminalidade passa pelo Conselho Municipal de Segurança. Durante anos foi ignorada a obrigatoriedade da sua existência, foi finalmente criado no ano passado, no entanto no site da Câmara nada informa sobre quantas reuniões fez, quais as suas opiniões e se tem havido concordância geral ou se pelo contrário, existem várias perspetivas de como prevenir o crime.
Mas afinal porque considero tão importante este órgão? Porque integra as chamadas “forças vivas” do concelho, aqueles que estão mais ligados à sua realidade do dia-a-dia e logo aqueles que podem contribuir para o aprofundamento do conhecimento da situação; para a formulação de propostas de solução; para a promoção da discussão sobre medidas de combate à criminalidade e à exclusão social do Município; para a aprovação de pareceres e solicitações a remeter a todas as entidades relacionadas com as questões de segurança e inserção social.
O sentimento de segurança é contudo uma sensação subjetiva, abstrata e não pode ser medida. Decorre da ausência ou da presença de ameaças que possam alterar essa sensação, que nem sempre corresponde às estatísticas. O Cartaxo ainda é uma terra segura mas como as ameaças a essa sensação estão identificadas e como a defesa perante estas ameaças não o está, existe a convicção de que nada está a ser feito para combater as ameaças, neste caso a pequena criminalidade.
Não posso ajudar a identificar que medidas o Conselho Municipal de Segurança propôs ou discutiu, ao dia em que escrevo, o site da Câmara nada diz sobre o assunto.

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