Quem é o homem que se candidata a presidente de Junta?
Sou um homem que se rege pelos valores da educação que tive. Há dois princípios básicos pelos quais me rejo: justiça – não sou injusto com ninguém, nem admito que sejam comigo – e gratidão, sou sempre grato pelo que vou adquirindo. Sou muito solidário, sou trabalhador; fui para Santarém tirar o curso, enquanto trabalhava. Sou licenciado em marketing e publicidade. Mal acabei o curso consegui um estágio em Lisboa (na agência de meios Mindshare) e até hoje lá estou.
Sou natural dos Casais Lagartos, atualmente vivo na Póvoa da Santa Iria, mas quero voltar em breve. As minhas raízes estão cá e é cá que vamos (Pedro, a mulher e o filho com pouco mais de dois meses) firmar a família. Tenho 35 anos e sou analista de meios publicitários.
O que o motivou a ser candidato?
Esta candidatura surge de um processo natural da minha evolução no meu próprio partido. Fui militante da Juventude Comunista Portuguesa e sou militante do Partido Comunista Português. Já fiz parte das listas duas vezes – há quatro anos não fiz parte porque tinha acabado de arrancar na minha nova profissão e não tinha disponibilidade, na altura, para me envolver na política – para fazer as coisas tenho de estar de corpo e alma. Mas disse: “daqui a quatro anos falamos”. Como pessoa que gosto de fazer coisas pela minha terra , sempre gostei, nomeadamente a nível da freguesia, aceitei agora o convite. Foi um processo natural e foi sempre uma ambição. Antes de trabalhar em Lisboa cheguei a acompanhar algumas assembleias e cheguei a ser suplente da CDU na Assembleia Municipal. E a ideia é ganhar, com a humildade e a coragem necessárias.
Que presidente de Junta quer ser?
Um presidente de Junta deve ser uma pessoa idónea, bastante trabalhadora e próxima dos fregueses. É uma pessoa que tem que estar muito disponível para ouvir as pessoas, ao nível pessoal. Eu quero ser um presidente disponível para ouvir as opiniões das pessoas e estar ainda mais próximo – isto porque conheço a realidade da freguesia – das zonas limítrofes e não só das pessoas da localidade de Pontével. Não fosse eu de um desses locais e não soubesse eu como é, normalmente ficam sempre um pouco para trás.
Que ideia tem da sua freguesia?
É uma freguesia onde as pessoas tem um nível de qualidade de vida razoável, a par das pessoas da capital do concelho. Depois, tenho a ideia de que é uma freguesia um bocado assimétrica: está muito concentrada na vila e os lugares estão um bocado mais deixados para trás. Temos o exemplo do saneamento básico: os Casais Lagartos têm instalações sanitárias há 15 anos, pelo menos, e tem de lá ir sempre o senhor despejar a fossa. A ETAR é outra questão engraçadíssima… Eu até oiço as pessoas dos Casais Lagartos muito contentes com a solução da ETAR ir para Valada – “ah isto não vai ficar na nossa casa, quanto mais longe melhor!” Eu não penso assim. As nossas coisas somos nós que temos que lidar com elas. Não tem lógica nenhuma, até porque, depois, a malta de Porto de Muge também é gente e também precisa de saneamento e a ETAR está com a lotação esgotada, com Casais Lagartos e Vale da Pedra… Não faz sentido nenhum, mas ai já não se pode fazer grande coisa.
De resto, vejo que é uma freguesia onde as pessoas são muito solidárias, mas na própria terra. Ainda continua a existir alguma rivalidade entre alguns casais e a vila de Pontével, embora a malta nova já comece a ver as coisas de outra maneira.
Mas é uma freguesia que andou para a frente nestes últimos quatro anos. Aquilo que fizeram no Rio da Fonte é de enaltecer. Quem me dera ser miúdo agora! Agora há ali um espaço de lazer, para dar uns mergulhos no verão. E tenho ideia de que quando o Jorge tomou posse há quatro anos as contas estavam más, mas que agora, pelo menos, metade da dívida já foi paga. Não tenho ideia de números exatos porque ainda não me os deram a conhecer. Se não estou em erro, o orçamento da Junta deverá rondar os 80 mil euros… ainda não tive oportunidade de olhar para os números, mas isso é uma coisa que quando lá chegar vou ter acesso a tudo e ai terei uma maior noção da realidade.
Este ano vai ser uma luta muito renhida. O PS tem um candidato que eu respeito muito e gosto muito do trabalho que ele faz em Pontével. O Jorge Pisca fez um bom trabalho por Pontével, não tenho nada de mal a dizer do trabalho que ele fez – erros toda as pessoas fazem… O Hernâni também é uma excelente pessoa. Ou seja são tudo pessoas que se preocupam com a terra e são uma mais-valia.
Qual a primeira medida a tomar assim que for eleito?
O que eu considero mais urgente é a questão dos Casais estarem em perda em relação à localidade de Pontével, nomeadamente a nível das ruas, dos passeios e do próprio saneamento. É tentar corrigir essas coisas, porque as ruas estão numa lástima, principalmente nos Casais da Amendoeira. Gostava também, apesar de ser uma proposta ambiciosa, que a freguesia de Pontével fosse como a da Lapa, que não houvesse nenhuma estrada por alcatroar. Isso é que eu queria mesmo que houvesse possibilidade, mas a freguesia de Pontével é maior, tem muito mais ruas, com várias entradas e saídas entre os diferentes locais.
Gostava também que houvesse mais caixas de multibanco, mas isso também é difícil. Depois há várias infraestruturas na freguesia que gostava que estivessem a trabalhar em prol da população, como o mercado dos Casais da Amendoeira e o mercado dos Casais Lagartos. Tentar que os equipamentos sociais, pelo menos, sirvam a população e não estejam ao abandono.
Equipa da CDU à Assembleia de Freguesia de Pontével
Candidatos efetivos
Pedro Miguel Lopes Amorim,35 anos, sou analista de meios publicitários; Nuno Miguel Parreira Pedro, 43 anos, administrativo; Filomena Isabel Manso Serafim, 30 anos, administrativa; Carla Maria Lopes Amorim Bona, 46 anos, administrativa; Joaquim Luís do Carmo da Rocha, 67 anos, motorista; Nuno José Quaresma Ferreira, 37 anos, motorista de pesados; Ana Margarida Rodrigues Miranda,42 anos, empregada fabril; António Jorge Quaresma Narciso,43 anos, empresário da panificação; Ana Catarina Martins da Costa Amorim, 43 anos, administrativo, logista
Candidatos suplentes
António Joaquim Gomes da Silva; Maria de Lurdes Borges Santos Ribeiro Monteiro; Joaquim Galvão Carvalho