Não apareceram interessados em integrar os órgãos sociais do Estrela Futebol Clube Ouriquense, que reuniu em Assembleia Geral no passado dia 29 de maio.
Uma reunião magna que contou com a presença de cerca de uma dezena e meia de sócios da coletividade.
Apesar de da Ordem de Trabalhos constar a votação do Relatório de Contas de 2018, a discussão não pôde ser feita, já que este documento, apresentado aos associados já durante este mandato, tinha alguns problemas, tais como 147.000 euros, inscritos em caixa, que não existiam, e que resultaram de pagamentos efetuados sem documentos de suporte. Assim, nesta Assembleia, os associados tiveram de aprovar a ata da Assembleia anterior, onde foi deliberado retirar este montante das contas, permitindo, agora, avançar, com a conta da caixa a zeros.
Assim, foi apresentado o Plano de Atividades e Orçamento para 2019, pela primeira vez na vida da coletividade, aprovado pela maioria dos sócios.
Mas a maior discussão havia de estar guardada para o último ponto, a eleição dos corpos sociais.
Apesar de não existirem listas concorrentes, a associada Conceição Beijinho, que integrou a atual direção no cargo de secretária tendo acabado por pedir a renúncia ao cargo, começou por referir que a atual direção está ilegal, uma vez que conta, atualmente, com apenas três elementos quando os estatutos do clube exigem cinco. “Esta direção está a exercer as suas funções ilegalmente, porque ao abrigo dos estatutos do clube não há quórum para funcionar desde o ano passado, há uma conta bancária que não pode ser movimentada desde o ano passado porque não há assinaturas suficientes. Há uma série de situações, e vocês insistem em dizer que há uma direção. Não há”, declarou. Conceição Beijinho considerou que dever-se-ia ter realizado uma Assembleia Geral “há imenso tempo, conforme eu pedi, e foi recusada”.
Segundo disse, “a partir do momento em que os colegas se demitem e fica a presidente e eu, eu não tenho qualquer legitimidade para me manter neste cargo que me foi atribuído”.
A presidente da direção, Conceição Salvador, lamentou que, em vez de ter falado da situação nas redes sociais e de ter levado coisas do clube, Conceição Beijinho não lhe tivesse colocado estas mesmas questões, acusando-a de não estar sempre dentro da legalidade, por exemplo, no que respeita à “proteção de dados, a senhora esteve fora da lei”.
Não aparecendo interessados nesta Assembleia, tem lugar esta quinta-feira, 6 de junho, pelas 21h, mais uma Assembleia eletiva do Estrela Futebol Clube Ouriquense.