Festival Materiais Diversos a decorrer no Cartaxo

Está a decorrer no Cartaxo o Festival Materiais Diversos com espaços de encontro com as artes e a conversa, em diferentes locais do concelho. Deixamos-lhe aqui o programa dos próximos dias.

Paraíso Bruto

Ação, Centro de Convívio do Cartaxo

Projeção de vídeos, 7 — 8 outubro, 19h30 • 9 outubro, 22h30

Conversa, 10 outubro, 17h,

DJ set, 10 outubro, 18h30

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Teatro do Frio

Falámos sobre Paraíso a partir do lugar que ocupamos – o jardim junto ao Centro de Convívio do Cartaxo. Auscultámos o desejo de lugares que permitam estar e encontrar — uma mesa, um banco, uma sombra. Convocando discursos e imagens, imaginamos, experimentamos e propomos um mobiliário móbil, reescrevendo o espaço relacional a partir do desejo e intenção de quem o convoca, potenciando campos de ação. É nele que, no curso do festival, idealizamos outras possíveis formas de habitar.

Entrada livre

Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos

Cinema, 7 outubro, 21h30, Centro Cultural do Cartaxo

João Salaviza, Renée Nader Messora.

Esta noite, os espíritos e as cobras ainda não apareceram. A floresta ao redor da aldeia está calma. Ihjãc, quinze anos, tem pesadelos desde que perdeu o pai. Ele é um índio Krahô, do Norte do Brasil. Ihjãc avança na escuridão com o corpo suado. Uma voz distante ecoa por entre as palmeiras. A voz do pai chama-o, junto à cascata: chegou o momento de preparar a sua festa de fim de luto para que o espírito possa partir para a aldeia dos mortos. ¶ Rejeitando o seu dever e para escapar do processo de se transformar em xamã, Ihjãc foge para a cidade de Itacajá. Longe do seu povo e da sua cultura, vai enfrentar a realidade de ser um indígena no Brasil contemporâneo.

M/12 • Entrada livre

O Estado do Mundo (Quando Acordas)

Teatro – Estreia, 8 outubro (hora a confirmar), no Auditório da SFIP — Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense (Pontével)

Formiga Atómica

Até que ponto uma torradeira pode ser responsável por desastres naturais, como um incêndio ou uma tempestade de areia? Até que ponto adicionar um cubo de gelo na bebida ou barrar o pão com manteiga são gestos sem consequência? Este espetáculo sublinha uma ideia paradoxal: aquilo que defendemos sobre este tema e a nossa incapacidade de abdicar de comportamentos do quotidiano. O Estado do Mundo (Quando Acordas) é o primeiro espetáculo de um díptico que se destina a pensar o estado do mundo — natural, político, geográfico, social, histórico, económico e humano.

Encenação Miguel Fragata / Texto Inês Barahona e Miguel Fragata / Interpretação Edi Gaspar / Cenografia Eric da Costa / Figurinos José António Tenente / Música Original Fernando Mota / Desenho de luz José Álvaro Correia / Vídeo João Gambino / Consultoria Henrique Frazão / Direção técnica Renato Marinho / Produção Ana Lobato e Luna Rebelo / Formiga Atómica Coprodução LU.CA – Teatro Luís de Camões, Comédias do Minho, Materiais Diversos e Théâtre de la Ville.

A Formiga Atómica é uma estrutura apoiada pelo Ministério da Cultura | Direção-Geral das Artes

M/6 • Entrada Gratuita / Sessão para escolas

Na Prática: que escola é esta?

Conversa, 8 outubro, 17h, Ponto de Encontro no Centro Cultural do Cartaxo

Com Elisabete Paiva, Rui Pina Coelho, Vânia Rovisco.

Concluídas três edições da Escola de Verão: Na Prática, é chegado o momento de arrumar ideias e partilhar reflexões. Na prática tem-se procurado criar condições para a constituição de uma comunidade temporária, num espaço-tempo onde práticas e teorias se encontram, contaminam e (con)fundem. Agora, através da criação do website da escola, propomos construir um espaço de arquivo e correspondência que amplie e aprofunde o trabalho desenvolvido em cada edição. Nesta conversa procuraremos revelar o que temos feito e como imaginamos continuar a fazê-lo.

Entrada livre

Palmira

Teatro, 8 — 9 outubro, 21h30, na Galeria José Tagarro

Anabela Almeida, Sara Duarte.

Palmira parte de uma história de uma avó, passa por várias conversas sobre o que é ser homem e ser mulher, em vários locais do país e chega a um local que é Palmira. Uma espécie de oásis, onde duas mulheres param, alimentam-se, descansam e questionam-se sobre este tema tão complexo, tão basilar na constituição do que é ser humano. Palmira é um estado alterado de consciência, um local de pensamento, no cérebro e é também um espetáculo.

M/12 • 6€

Como comunicamos quando queremos falar de cultura?

Conversa, 9 outubro 15h, Ponto de Encontro no Centro Cultural do Cartaxo

Organização e participação de Catarina Medina, Helena César, Inês Lampreia, Maria Vlachou, Marta Santos, Rita Tomás.

O acesso cada vez mais generalizado à informação auxilia-nos, mas também nos traz novos desafios, desde como gerir a multiplicidade de plataformas e canais existentes a como garantir que a cultura tenha lugar em canais que privilegiam temas mais carburantes. Usando o dispositivo da Long Table, da artista Lois Weaver, um grupo de profissionais de comunicação cultural senta-se à mesa e lança perguntas a quem queira

debater, à comunidade artística e ao público: como comunicamos quando queremos falar de cultura? Que estratégias e ideias podemos pôr em prática para trazer a atenção para projetos culturais e artísticos? Como podemos valorizar o lugar da comunicação no seio das estruturas culturais?

Entrada livre

Ruído Rosa

Dança – Estreia, 9 outubro 18h30, no Centro Cultural do Cartaxo

Alina Ruiz Folini

Ruído Rosa investiga a partir da prática da escuta, com o desejo de desierarquizar a relação entre ver, dizer e escutar. Propõe uma experiência corporal de tensão entre polos não opostos, onde os sentidos não são binários, para observar as várias formas de colaboração, dissociação e ressonância entre oralidade, som e movimento. A peça posiciona-se na questão da escuta, não só do som, mas também das sensibilidades lésbicas e queer, como preocupação com outras formas de pesquisa e criação que questionam as metodologias normativas de criação.

M/16 • 6€

E depois do Paraíso?

Conversa, 10 outubro 17h, Ponto de Encontro no Centro de Convívio do Cartaxo

Com Teatro do Frio

Participantes Paraíso Bruto

Ao longo de três residências a equipa do Teatro do Frio observou, escutou, entrevistou, partilhou e discutiu com vários jovens e grupos de jovens que frequentam o Largo Vasco da Gama, no Cartaxo, nomeadamente a envolvente do Centro de Convívio e o Skate Parque, sobre os modos de aqui estar e conviver. Ensaiadas e apresentadas ao público diversas hipóteses, esta última estação, batizada de Paraíso Bruto, é o momento de conversar sobre os futuros possíveis.

No âmbito do projeto Paraíso Bruto do Teatro do Frio.

Entrada livre

Human Jukebox

Música, 10 outubro, 18h30, Ponto de Encontro no Centro de Convívio do Cartaxo

Com Dj Violeta Lisboa

Muitos interesses e formas de estar se revelaram entre jovens que se foram juntando em torno das residências do projeto Paraíso Bruto. Muitas diferenças, mas algumas vontades em comum, como o desejo de estar junto e de estar bem, de sentir-se em casa e de fazer parte na construção de um lugar melhor. Human Jukebox é o DJ set protagonizado por Violeta Lisboa que celebra a comunhão dessas vontades e marca a passagem do Ponto de Encontro pelo Centro de Convívio no Cartaxo.

No âmbito do projeto Paraíso Bruto do Teatro do Frio.

M/12 • Entrada livre

Sons Mentirosos Misteriosos

Dança, 12 outubro 10h e 14h30, no Centro Cultural do Cartaxo

Sofia Dias e Vítor Roriz partem à procura da qualidade mágica que emerge da fricção entre som e imagem. Pode uma imagem enganar a nossa perceção sobre a proveniência de um som? Ou um som mentir-nos sobre a sua origem? Um espetáculo que, tal como as crianças, não tem problemas em saltar de uma coisa para a outra, nem em colocar questões simultaneamente metafísicas, ontológicas, estéticas, banais e, quase sempre, imprevisíveis.

M/3 • Sessão para escolas

Caminhantes

Caminhada, 14 — 15 outubro

Um projeto de Carolina Cifras em colaboração com Ana Trincão.

Caminhantes é um laboratório experimental e reflexivo que procura gerar uma experiência em torno da arte de caminhar em espaços abertos e em contacto com a natureza. O que nos move a empreender viagens longas? Que práticas corporais, gestos político-sociais e manifestações nos conectam com o ambiente natural, connosco próprios e com os outros? Estas e outras reflexões aliadas às grandes marchas como a Marcha Zapatista em 2012, a Marcha Salitrera, no Chile, a Marcha na Bolívia, em 2000, e os movimentos migrantes empreendidos por uma vida melhor e digna, fomentam a reflexão sobre a multidimensionalidade dos vínculos com o nosso território interno e com o nosso meio.

Atividade para grupo organizado.

Isuvol
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