Fuma-se e bebe-se menos na nossa região
Estudo indica ainda que temos menos excesso de peso que média nacional
Os habitantes da Região de Lisboa e Vale do Tejo possuem uma proporção de fumadores abaixo da média nacional, acontecendo o mesmo com o excesso de peso e o alcoolismo. Esta é uma das principais conclusões do “Perfil Regional de Saúde 2017” divulgado, recentemente, pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).
De acordo com o documento, 9,2% das pessoas inscritas em 2016 nos centros de saúde da Região possuem hábitos tabágicos, um valor inferior à média nacional – que se situa nos 10,4%. O estudo indica ainda que este comportamento é mais frequente no sexo masculino do que no sexo feminino (10,3% versus 8,1%).
Para Luís Pisco, presidente da ARSLVT, “esta realidade poderá traduzir alguma influência das sucessivas campanhas de prevenção e da forte aposta nas consultas de desabituação tabágica”.
Os dados registados pelos médicos de família da ARSLVT dizem respeito a vários determinantes de saúde, como é o caso do alcoolismo, que atinge 1,1% dos utentes inscritos na Região. Este valor é inferior ao nacional (1,4%) e também aqui o fenómeno é mais frequente entre os homens (2% versus 0,2%).
O “Perfil Regional de Saúde 2017” revela ainda que 6,2% da população de Lisboa e Vale do Tejo tem excesso de peso, ainda assim inferior à média nacional (6,4%). Neste determinante existe maior equilíbrio entre ambos os géneros: com 6,3% para os homens e 6,1% para as mulheres.
“Conseguir superar a média nacional é sempre positivo para quem gere a Saúde e para quem presta cuidados diretos à população. Mas a importância destes números manifesta-se em primeiro lugar nas próprias pessoas que, ao reduzir hábitos de vida prejudiciais, estão a investir na sua saúde e na saúde de todos nós”, conclui Luís Pisco.
O “Perfil Regional de Saúde” é um documento formulado pelo Departamento de Saúde Pública da ARSLVT, que assim se assume como Observatório Regional de Saúde Pública. É um instrumento de apoio à tomada de decisão técnica, político/estratégica e organizacional, uma ferramenta orientada para a ação, no sentido da melhoria da saúde das populações e redução das desigualdades em saúde. Baseia-se na melhor evidência disponível e assenta em critérios de qualidade que lhe conferem rigor e robustez.